XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
Território da Cidadania do Médio Alto Uruguai e Noroeste
Colonial, local de onde são oriundos os educandos, suas fa-
mílias, beneficiárias do crédito fundiário pertencentes a pro-
posta pedagógica inovadora de educação do campo, mas
mais que isso de resistência ao acesso à terra. Em relação ao
PRONERA e ao PNCF limites e potencialidades são fatores
presentes na execução de tais políticas públicas.
Dentro do território, assim como no âmbito do de-
senvolvimento rural, as temáticas acesso à terra e educação
no campo estão no foco das discussões que permeiam as
questões de sustentabilidade da agricultura familiar. Nes-
se sentido, a vida social das comunidades rurais, o destino
da propriedade agrícola familiar, os processos sucessórios
no campo, a segurança alimentar e a formação/capacitação
dos agricultores precisam ser debatidos com maior ênfase e
constância nos territórios rurais e o ensino aproximar-se do
educando, dando a ele possibilidades de construir seu pro-
jeto pedagógico, isto é, pensar a sua formação e conduzi-la
pelas suas capacidades em construção.
Segundo Freire, “o educador que ‘castra’ a curiosidade
do educando em nome da eficácia da memorização mecâ-
nica do ensino dos conteúdos, tolhe a liberdade do educan-
do, a sua capacidade de aventurar-se. Não forma, domesti-
ca”(FREIRE, 1997, p.63). O Curso Superior de Tecnologia em
Agropecuária da URI-FW, com apoio da política pública do
PRONERA, tem demonstrado um avança na formação supe-
rior, no momento em que o educando elabora o seu projeto
profissional e de vida durante o curso, desafiando-se junto
a comunidade na produção de elementos e respostas para
sua vida e do desenvolvimento local sem tolher a liberdade
humana.
Diante dos desafios, não se deve deixar esse espa-
ço social, de vida e produção, tomar rumos que não sejam
sustentáveis, e isso passa inevitavelmente pela formação
das pessoas, pelos projetos de educação, pelos processos
de políticas de incentivo e permanência no campo, princi-
palmente pelo acesso à terra. Portanto é preciso qualificar,