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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
Tais perspectivas antecedem a criação IFs, de modo
que, a partir de 2003, o MEC, por meio de suas secretarias
específicas, elaborou inúmeros materiais, ricos em qualida-
de editorial e pedagógica, de apoio às instituições escolares,
contribuindo conceitualmente para efetivar uma educação
diferenciada, inclusiva e integral. Com a implantação dos IFs,
portanto, e sua política de Currículo Integrado (CI) que con-
sidera o avanço conceitual da relação entre trabalho, ciên-
cia e cultura, e ainda, o trabalho como princípio educativo.
Nesse sentido, é imprescindível a defesa que vimos fazen-
do pelo Ensino Médio Integrado (EMI), especialmente pelo
PROEJA.
Se primamos por uma educação integral, integrada e
integradora, nada mais sábio que zelar pelo desenvolvimen-
to do CI no âmbito do referido Programa, condição para
garantir a formação profissional e humana dos estudantes,
pois esta modalidade prevê o rompimento da dualidade
“ensino técnico” e “ensino propedêutico
/
científico”. Outra
grande aposta na política do PROEJA e na sua efetividade,
em âmbito nacional, está o “desafio de tentar não repetir
a marca histórica no Brasil no que se refere à educação de
jovens e adultos, caracterizada por políticas descontínuas e
de formação precarizada”. (SILVA, 2011, p. 309). Ao que nos
parece, o histórico da formação de professores para EPT e
também da educação de jovens e adultos no Brasil sempre
estiveram à margem das expectativas e necessidades da po-
pulação e da sociedade em geral.
Logo, as grandes conquistas iniciados a partir de mea-
dos dos anos 2000 não podem se perder no tempo, tam-
pouco sofrer o enfraquecimento abrupto a que o governo
atual está submetendo a EPT e o PROEJA, especialmente o
CI, - além claro das outras tantas políticas criadas e expan-
didas no governo anterior. Diante de tantas lutas históricas
para manter uma educação de qualidade a todos e todas, e
de resistências em tempos de regressão, é que abordamos
essas questões históricas da formação docente para atuação
na EP, ressaltando, com certa ênfase, as perspectivas teóri-