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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

ríodo para regularização de tal exigência foi de cinco anos,

não sendo totalmente atendida. A carência de professores

habilitados em nível superior era tão grande que, em 1969, o

MEC organizou e coordenou cursos superiores de formação

de professores para o ensino técnico agrícola, comercial e

industrial. Esses cursos, denominados Esquema I e Esquema

II, foram caracterizados por complementar pedagogicamen-

te a formação dos professores portadores de diplomas de

nível superior e além desta, acrescentar disciplinas específi-

cas à formação daqueles com diploma de técnico.

A partir da década de 1970, mais especificamente pela

aprovação da LDB de 1971, a Lei nº 5.692, a reforma do

ensino de primeiro e segundo graus foi realizada, além de

instituir o ensino profissionalizante universal e compulsório.

Para isso, seria necessário a formação de aproximadamente

duzentos mil professores até o final da década. Desse modo,

os Esquemas I e II transformar-se-iam em Licenciaturas. De-

corridos trinta anos, pouco sucesso se obteve com a (não)

implantação delas. Novamente a expectativa da formação

docente para EP, com criação dos primeiros CEFETs, cujo

principal objetivo era ofertar licenciaturas, plena e curta.

Persistem, no entanto, as ofertas dos Esquemas I e II, que

só começaram a cessar depois da promulgação da LDB de

1982, Lei nº 7.044, a qual desobrigava a profissionalização

do estudante no ensino de 2º grau. (MACHADO, 2008).

Novamente a formação de professores para atuar na

EP estava ameaçada, pois em 1986 houve a extinção dos ór-

gãos dedicados a ela, vinculados ao Ministério de Educação

e Cultura (MEC). Podemos afirmar que, por aproximadamen-

te uma década ela tenha ficado na berlinda, inclusive porque

nesse período as preocupações e discussões educacionais

voltavam-se para a “nova LBD”, que fora aprovada em 1996,

a Lei 9.394. Esta por sua vez, trouxe novas perspectivas para a

formação acadêmico-profissional dos professores, especial-

mente para a modalidade da EP, cujos fundamentos gerais e

específicos, propiciariam o conhecimento dos fundamentos

científicos e sociais de suas competências de trabalho. Me-