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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

cando-os para o convívio social, o exercício da cidadania,

etc., em outras palavras, para uma educação emancipatória.

No ano de 2017 a política de EJA integrada a EP, com-

pletou uma década de efetivo desenvolvimento no Brasil.

Entretanto, a partir do ano de 2011, ganhou destaque ne-

gativo devido à criação do Programa Nacional de Acesso

ao Ensino Técnico (PRONATEC) pela Lei nº 12.513/2011. Por

receber considerável financiamento do Governo e ofertar

uma formação mais superficial e aligeirada, caminhando na

contramão da formação integral desenvolvida pelo PROE-

JA, foi considerado por estudiosos do campo da educação

como um grande retrocesso e enfraquecimento na política

do PROEJA: “[...] observa-se, que este grande número de re-

cursos estão indo para a iniciativa privada oferecer cursos

rápidos e que não vão qualificar em uma perspectiva inte-

gral e que possibilite também o aumento da escolaridade

corroborando para a denúncia que fizeram muitos intelec-

tuais”. (FERREIRA; MARASCHIN, 2017, p. 8-9).

As denúncias dos intelectuais da educação e trabalho

feitos nos fóruns de EJA Nacional sobre o alarmante cená-

rio de retrocesso “forçou” o Governo a modificar o PRONA-

TEC, incluindo também a EJA. Assim em 2013 foi lançado

o Documento Referência PRONATEC EJA que busca nortear

as ações do Programa e articular a EP com o aumento da

escolaridade e as políticas e programas já implementados.

Porém, as dificuldades de articulação trazidas pelo

Documento Referência (2013) estão há décadas entranha-

das nos currículos que quase sempre visam apenas atender

as necessidades de formação de mão de obra para o capital.

Contudo, jamais se pode esquecer, que a formação profis-

sional vai além da “[...] simples preparação para uma ocupa-

ção específica no mundo do trabalho e postula a vinculação

entre formação técnica e uma sólida base científica, numa

perspectiva social e histórico-crítica, integrando a prepara-

ção para o trabalho à formação de nível médio”. (MANFRE-

DI, 2002, p. 57). Vê-se, então, na política do PROEJA, que

questões como essas são ainda mais fortes na medida em