XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
que se aborde com certa ênfase tal política na formação de
professores, especialmente no contexto dos IFes, conside-
rando a especificidade do trabalho docente com os sujeitos
da EJA/PROEJA.
Nesse sentido, e por considerar as diversidades que
caracterizam os sujeitos e seus contextos, o desenvolvimen-
to do CI, por meio de práticas pedagógicas diversificadas e
acolhedoras, é fundamental para lograr a permanência e o
êxito dos estudantes nos cursos do PROEJA. Articular a base
comum e a formação profissional por meio da integração
curricular pode ser um fator positivo, uma vez que profes-
sores e estudantes passam a conhecer conteúdos afins, por
meio de metodologias dinâmicas e eficazes, que integram
as diferentes áreas do conhecimento.
A relação - não dicotômica - entre teoria e prática é
outro fator preponderante para o desenvolvimento do CI
no PROEJA. Temas interdisciplinares e transdisciplinares são
cruciais para a efetividade da prática pedagógica, especial-
mente quando o professor considera e valoriza os saberes
experienciais dos estudantes. Assim, torna-se possível a pre-
missa gramsciana de que o trabalho pode se converter em
princípio educativo e ser capaz de construir uma escola uni-
tária, cuja formação preconize a articulação entre a ciência e
a técnica, ou seja, que possibilite a formação politécnica aos
estudantes - que em maioria são trabalhadores - jovens e
adultos. (GRAMSCI, 2000).
Diante do exposto, é fundamental que a prática do-
cente nas licenciaturas aborde as temáticas relacionadas ao
PROEJA, bem como às especificidades da modalidade e dos
sujeitos que a frequentam. Reafirmamos nossa preocupação
com a educação pública, com a inclusão, permanência e êxi-
to dos jovens e adultos trabalhadores na formação profis-
sional. Para isso, a profissionalização docente deve, também,
preconizar os ideais da formação integral e omnilateral, que
só se efetiva no coletivo, diante do desenvolvimento de prá-
ticas curriculares integradas, e, principalmente, do próprio
Currículo Integrado.