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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
forma similar, Freire (1987) propõe a investigação de temas
geradores
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, cujo objetivo é a análise crítica da realidade a
partir da apreciação de um “universo temático mínimo” por
meio de uma metodologia conscientizadora, possibilitando
inserir os homens numa forma crítica de pensarem seu mun-
do. O estudo da temática envolve a investigação do próprio
pensar, apontando contradições, elaboração de codifica-
ções ligadas ao “contexto concreto ou real”, em que se dão
os fatos, e ao “contexto teórico”, no nível de entendimento.
Após a delimitação temática, realiza-se o estudo interdisci-
plinar, com o aprofundamento em cada área do saber.
Outro ponto de aproximação entre Arendt e Freire, no
que concerne à atividade do pensamento, refere-se à relação
entre o pensar e o diálogo. Arendt defende que, para pensar,
o indivíduo precisa estar só, suspendendo as atividades do
cotidiano e distanciando-se provisoriamente do mundo para
relacionar-se consigo mesmo para responder às questões
que lhe são propostas. Todavia, em
Origens do Totalitarismo
,
a autora explica a provisoriedade deste afastamento:
Todo pensar, estritamente falando, é feito na soli-
dão e é um diálogo entre eu e mim mesmo; mas
este diálogo do dois-em-um não perde contato
com o mundo dos meus semelhantes porque eles
são representados no eu [self] com quem estabele-
ço o diálogo do pensamento. O problema da soli-
dão é que este dois-em-um precisa dos outros para
voltar a ser um de novo: um indivíduo imutável cuja
identidade nunca pode ser confundida com a de
qualquer outro (ARENDT, 1989, p. 476).
Assim, Arendt situa o pensamento em relação ao
mundo comum em que os homens interagem, uma vez que
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Temas Geradores para Freire, segundo Luiz Augusto Passos (STRECK, RE-
DIN e ZITKOSKI, 2010, p. 388-390) são substantivados por palavras gera-
doras, as quais fundam um universo significativo temático. As palavras são
colhidas nas conversas formais e informais, necessitando uma capacidade
especial de pesquisador e de educador que
sabe que não sabe
e, por isso,
ouve e nutre a curiosidade epistemológica. Para Passos (2010), o tema ge-
rador é um lugar epistemológico-pedagógico-político. Sustenta o estudo,
a reflexão pessoal e coletiva a partir da história vivida [...]. Permite uma
releitura do mundo [...].