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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
como consequência desejável a melhoria da qualidade de
vida das pessoas”.
Pretendendo que a atividade (jogo) fosse profícua aos
sujeitos da intervenção, decidiu-se estruturá-lo por meio
da organização de uma rotina, entendida aqui como uma
sequência de atividades ou etapas. A esse respeito, Freire
(1998, p. 43-44) preconiza:
A rotina estrutura o tempo (história), o espaço
(geografia) e as atividades, onde os conteúdos são
estudados. A criança, para construir o conceito de
tempo, percorre um longo processo. Inicialmente
concebe o tempo, não como uma continuidade de
acontecimentos, atividades, constituindo um todo,
mas somente vê partes, não consegue articular par-
te/todo sincronizadamente, mediada pela rotina
localiza-se no tempo, no espaço e nas atividades.
É neste sentido que a rotina é alicerce básico para
que o grupo construa seus vínculos, estruture seus
compromissos, cumpra suas tarefas, assuma suas
responsabilidades para que a construção do conhe-
cimento possa acontecer.
Descreve-se, a seguir, a estrutura de um desses en-
contros, denominados de encontro típico, pois é este o em-
blema de uma rotina utilizada.
a) Primeiro Momento – Acolhida aos alunos no Labo-
ratório de Informática da Escola representada aqui
como atividade inicial;
b) Segundo Momento – Retomada das atividades de-
senvolvidas no encontro anterior;
c) Terceiro Momento – Jogar com mediação da profes-
sora-pesquisadora;
d) Quarto Momento–Relato sobre as atividades de-
senvolvidas e representada como atividade final.
A intervenção caracterizou-se como qualitativa, ou
seja, não tem um padrão único, porque admite que “[...] a
realidade é fluente e contraditória e os processos de inves-
tigação dependem também do pesquisador – sua concep-