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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

reação que se verifica nas relações que se dão na

vida não humana. No nível da existência, a primeira

afirmação a ser feita é a de que o processo de saber

é social, de que, porém, a dimensão individual não

pode ser esquecida ou sequer subestimada.

A amorosidade defendida por Freire assume posição

relevante na pesquisa-intervenção, assim como ainda expõe

Leal (2005, p. 25):

Via o amor como uma tarefa do sujeito, portanto

não acreditava na educação sem amorosidade. Para

ele, quem não é capaz de amar os seres inacaba-

dos não pode educar, porque não terá condições

de compreender e respeitar o próximo. O homem

é um ser de relações, que está no mundo e com o

mundo, e isto o torna um ser capaz de relacionar-

-se, de projetar-se nos outros e de transcender.

A intervenção propôs uma prática educativa com ca-

racterísticas inovadoras e pertinentes à realidade das alunas

com DI, cuja base teórica também manteve coerência com

o pensamento de Paulo Freire: “Ensinar e aprender para o

educador progressista coerente são momentos do processo

maior de conhecer. Por isso mesmo, envolvem busca, viva

curiosidade, equívoco, erro, serenidade, rigorosidade, sofri-

mento, tenacidade, mas também satisfação, prazer, alegria”

(FREIRE, 1993, p. 70).

A esse respeito, Freire (1996, p. 159) afirma que o

querer bem significa “[...] de fato, que a afetividade não me

assusta, que não tenho medo de expressá-la. Significa esta

abertura ao querer bem, a maneira que tenho de autentica-

mente selar o meu compromisso com os educandos, numa

prática específica do ser humano”.

Freire (1996) compreendia a acolhida como o momen-

to em que se estabelece uma relação de simpatia amoro-

sa entre educador e educando, aceitando-se um ao outro

na sua individualidade. Essa relação amorosa e, ao mesmo

tempo, respeitosa, representa o tempo em que ambos in-

teragem e se complementam por meio de uma atividade

dialógica, não com as mesmas ideias e posições, mas respei-