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EIXO 8 – PAULO FREIRE E A FORMAÇÃO DE PROFESSORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
No ato de problematização proposto por Freire, o
aprender refere-se a um ato de conhecimento voltado à rea-
lidade, primando pois pelo diálogo como uma possibilidade
de luta por direitos e pela transformação. Para o autor ainda,
se a educação não for problematizadora e emancipatória, o
ideal do oprimido passa a ser o de se transformar em opres-
sor. (FREIRE, 2012).
Aqui, a busca por uma nova ordem social, pressu-
põe partir da premissa de que a escola pode, em uma nova
constituição, caracterizada por um processo de rupturas e
fragmentações no seu próprio interior, contribuir significa-
tivamente para a compreensão e transformação desta nova
sociedade a que estamos expostos. Freire, ao propor uma
Pedagogia ‘do’ Oprimido e não ‘para’ o oprimido, buscou
um repensar do processo educativo, em que as mudanças
pudessem partir dos próprios sujeitos, suas necessidades e
carências, numa relação dialógica. “Não há outro caminho
senão o da prática de uma pedagogia humanizadora, em
que a liderança revolucionária, em lugar de se sobrepor aos
oprimidos e continuar mantendo-os como quase “coisas”,
com eles estabelece uma relação dialógica permanente”.
(FREIRE, 2012, p.61).
O autor influencia diretamente o campo da Educação
ao fomentar a questão política da educação. Pauta-se na
cultura popular como elemento fundamental para emanci-
pação da classe trabalhadora. Por entender as classes popu-
lares como detentoras de um saber não valorizado e excluí-
das do conhecimento historicamente acumulado pela socie-
dade, mostra-se, neste trabalho, a relevância de se construir
um processo de alfabetização a partir do conhecimento do
povo e com o povo, provocando uma leitura da realidade na
ótica do oprimido que ultrapassa as fronteiras das letras e se
constitui nas relações históricas e sociais.
Como professor, se minha opção é progressista e
venho sendo coerente com ela, se não me posso
permitir a ingenuidade de pensar-me igual ao edu-
cando, de desconhecer a especificidade da tarefa
do professor, não posso, por outro lado, negar que