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EIXO 6 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E ALFABETIZAÇÃO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

dária técnica e profissional, deverá ser generalizada

e tornar-se acessível a todos, por todos os meios

apropriados e, principalmente, pela implementação

progressiva do ensino gratuito; (...); deverse-á fo-

mentar e intensificar na medida do possível, a edu-

cação de base para aquelas pessoas que não rece-

beram educação primária ou não concluíram o ciclo

completo da educação primária. (art.13,1, do Pacto

Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e

Culturais da Assembleia Geral da ONU de 16.12.66,

aprovado, no Brasil, pelo decreto legislativo nº. 226

de 12.12.95 e promulgado pelo decreto nº. 591 de

7.7.92) (BRASIL, 2000, p. 1).

Ao apresentar os fundamentos e funções da EJA emsuas

definições prévias, o Parecer 11/2000, estabelece de imediato

as imagens e modelos do país, cujos conceitos baseiam-se

em pares opostos e duais. Esta imagem de opostos é exem-

plificada como “Dois Brasis”, “oficial e real”, “Casa Grande e

Senzala”, “o tradicional e o moderno”, “capital e interior”, “ur-

bano e rural”, “cosmopolita e provinciano”, “litoral e sertão”

(BRASIL, 2000, p. 3). Para esclarecer o relator completa:

esta tipificação em pares opostos, por vezes incom-

pleta ou equivocada, não seria fora de propósito

acrescentar outros ligados à esfera do acesso e do-

mínio da leitura e escrita que ainda descrevem uma

linha divisória entre brasileiros: alfabetizados/anal-

fabetos, letrados/iletrados. Muitos continuam não

tendo acesso à escrita e leitura, mesmo minima-

mente; outros têm iniciação de tal modo precária

nestes recursos, que são mesmo incapazes de fazer

uso rotineiro e funcional da escrita e da leitura no

dia a dia (idem, p. 3).

Ao refletir sobre a relação dual entre alfabetizados/

analfabetos, letrados/iletrados, é preciso que reconheçamos

o quanto estamos aquém de garantir a escolarização básica

no país. Para reparar o imenso número de pessoas que de

algum modo não tiveram acesso ou por inúmeros motivos

não conseguiram se manter na escola, o Parecer 11/2000

propõe a função reparadora, equalizadora e função qualifi-

cadora ou permanente.