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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
a partir de uma perspectiva horizontal, que a agroecologia
se apresenta como possibilidade emancipatória. Ou seja, é a
materialidade da agroecologia freiriana na práxis educativa
da/na EFASC possibilitando a emancipação de mulheres e
homens.
Mesmo tendo uma realidade das mulheres agricul-
toras encharcada de momentos de discriminação, precon-
ceito e violência, reprodutora de uma sociedade patriarcal
a possibilidade do entrelace mulheres, agroecologia e uma
educação nos caminhos de Paulo Freire se apresenta como
um processo libertador e emancipador. Portanto, a agroe-
cologia freiriana pode se apresentar como possibilidade de
reconhecimento das mulheres como observadoras, investi-
gadoras e produtoras de conhecimento.
Com este entendimento, as jovens estudantes agricul-
toras da EFASC,
percebem e pensam a sua realidade, a rea-
lidade de mulheres agricultoras que, mesmo inseridas numa
relação produtiva que não as valoriza, estão conscientes de
que produzem conhecimento ao praticarem experiências
diárias de resistência. São experiências realizadas na produ-
ção dos alimentos livres de agrotóxicos para consumo da
família, nos cuidados da horta e do pomar de frutíferas e,
também, no processamento e preparação de todos os ali-
mentos para o consumo da família, assim como, nos cuida-
dos e tratos aos pequenos animais da propriedade, que são
criados visando a alimentação. Portanto, é compreensão da
epistemologia das mulheres, emergente nas suas experiên-
cias agroecológicas, como sendo as sementes de mudanças.
REFERÊNCIAS
ALTIREI, Miguel.
Agroecologia: a dinâmica produtiva da
agricultura sustentável
.
4.ed. – Porto Alegre: Editora
da UFRGS, 2004.
BANCO DE TESES E DISSERTAÇÕES DA CAPES (2017). Dispo-
nível em:
http://catalogodeteses.capes.gov.br/catalo go-teses/#!/.Acessado em janeiro 2018.