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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
pedagogia dentro de um compromisso pela condi-
ção feminina. Conscientizar cursistas, graduandos/
as, professores/as a terem com as crianças atitudes
que não passem modelos sexistas, destinando aos
alunos e alunas as mesmas atividades ou cuidando
para não reforçar por palavras ou ações modelos
machistas. (DIAS, 2014, p.1874, grifo nosso)
É importante frisar que tais posturas adotadas, con-
sideradas modelos machistas, acontecem devido aos pro-
fissionais terem percorrido por uma sociedade repressora.
Contudo, estes mesmos profissionais travam uma luta diária
para a modificação social.
Quando a referência faz sobre o desenvolvimento
docente, independente do contexto social ou cultural, “al-
gumas características tornam-se inerentes ao processo de
identidade na docência” (MARCELO, 2009, p. 109), uma vez
que, quanto mais qualificada for a formação destes profis-
sionais, maior será a possibilidade de alargar a difusão dos
conhecimentos, oferecendo aos alunos oportunidades que
atenderão as demandas sociais.
No entanto, ao mesmo modo em que “a identidade é
algo que se forma ao longo do tempo por meio de proces-
sos inconscientes” (HALL, 2005, p.38), a identidade profissio-
nal vai tomando forma a partir das experiências vivenciadas
e as reflexões obtidas mediante estas, dentre outras. Assim,
quanto maiores forem as vivências sobre as relações de gê-
nero, por exemplo, maiores serão as possibilidades de resol-
ver os conflitos decorrentes da diferenciação dos sujeitos.
ALGUMAS BASES LEGAIS
Ao pesquisar algumas legislações de modo a garantir
uma formação continuada sobre as relações de gênero na
educação, sobretudo a infantil, não é possível perceber um
direcionamento específico.
Com a aprovação da
Lei Nº 13.005, de 25 de junho
de 2014 -
Plano Nacional da Educação (PNE) consta como
uma das diretrizes: “III - superação das desigualdades edu-