XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
O diálogo é uma exigência da existencia, é o encontro
em que se solidariza o refletir e o agir de seus sujeitos en-
dereçados ao mundo a ser transformado e humanizado, não
pode reduzir-se a um ato de depositar ideias de um sujeito
no outro, nem tampouco tomar-se simples troca de ideias a
serem consumidas pelos permutantes.
Tratando-se de relações interculturais, percebe-se que
desde os primórdios da imigração, o povo pomerano vem
sofrendo algum tipo de segregação social e tem se carac-
terizado por perpetuar suas tradições em grupos isolados
dentro da sociedade. Contudo, atualmente surgem projetos
que buscam relatar a cultura pomerana, compreendida como
parte integrante e indissociável da sociedade em geral.
Segundo Cerqueira (2010, p. 874):
O processo de ocupação da Serra dos Tapes (RS) de-
nota peculiaridades quanto à diversidade de grupos étnicos
que contribuíram a sua estruturação. A paisagem cultural
desta região resulta de um mosaico étnico, composto a par-
tir das memórias e tradições destes grupos, que constan-
temente sofreram processos de renovação e acomodação,
em um permanente processo de diálogos culturais, travados
entre as etnias do espaço colonial (italianos, alemães, po-
meranos, franceses), bem como com o componente afro e
luso-brasileiro.
O território brasileiro é marcado pela presença de dis-
tintas culturas, como a indígena, a negra e a europeia (co-
lonizadora), que marcam constantes relações interculturais.
Essas relações são parte da existência humana, os indivíduos
necessitam respeitar os hábitos e crenças de cada um, e é a
partir deste respeito que emerge a tolerância como dimen-
são fundamental.
Candau (2003) afirma que cultura é um fenômeno plu-
ral, multiforme que não é estático, mas que está em cons-
tante transformação, envolvendo um processo de criar e re-
criar. Ou seja, a cultura é um componente ativo na vida do
ser humano e manifesta-se nos atos mais corriqueiros da
existência, nas dimensões individual e coletiva. Como afirma