XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
HISTÓRIA E CULTURA DOS POMERANOS
Até o início do século XIX a região da Pomerânia, tinha
uma área de 38.000.409 km² pertencente ao Sacro Império
Romano-Germânico. Seus habitantes eram descendentes de
eslavos e wendes, trabalhavam principalmente, em ativida-
des ligadas à agricultura e à pesca. (RÖLKE, 1996).
No período compreendido entre os séculos XVIII e XIX
este povo enfrentou graves problemas econômicos, pois
com as subdivisões das terras, as propriedades diminuíam e
se tornavam insuficientes para produzir os alimentos neces-
sários ao sustento. As dificuldades que enfrentavam ainda
eram agravadas pelo “reflexo das guerras e da readaptação
às profundas modificações sociais e econômicas provocadas
pela Revolução Industrial” (SALAMONI et al, 1995, p. 17).
Nesse mesmo momento histórico, o Brasil considera-
va a imigração europeia uma saída para resolver problemas
como o baixo índice populacional e a desigual distribuição
da população no território nacional.
Conforme explica Coaracy (1957, p. 15), o ano de 1850
marca o início de uma nova fase na politica de colonização.
A partir dessa data, o governo imperial toma uma série de
iniciativas e medidas, tendo por alvo incrementar e sistema-
tizar a imigração de elementos, que viessem dedicar-se à
agricultura.
A primeira leva de imigrantes foi de 88 pessoas, sendo
sua chegada no Rio Grande do Sul datada de 18 de janeiro
de 1858, na localidade da Coxilha do Barão em São Louren-
ço do Sul-RS. Posteriormente, estes imigrantes foram se di-
rigindo a outros municípios e fixando suas residências, a fim
de trabalhar na agricultura para o sustento próprio. Assim,
foram se estabelecendo de forma significativa na região do
extremo sul do estado.
As escolas pomeranas eram sempre construídas junto
às igrejas, por isso eram conhecidas como
Gemeindeschulen
,
escolas da comunidade. Isso ainda pode ser observado na
atualidade, pois próximo às comunidades luteranas existem
resquícios dessas instituições.