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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

portanto em sua raiz significa da capacidade de autonor-

mação, estendida a autogestão e autoavaliação.”. Pode-se

entender a autonomia como a capacidade de um indivíduo

de governar a si próprio e também como a faculdade de

uma instituição governar-se por leis próprias, de estabele-

cer as suas próprias regras e normas de convivência e or-

ganização. É importante destacar que se discute autonomia

escolar tendo em vista essas duas dimensões: a dimensão

individual dos docentes e a dimensão coletiva, ou seja, a

das instituições escolares e como elas foram atingidas por

ações governamentais que visam das práticas pedagógicas

dos indivíduos que têm a tarefa por em prática a educação

na cidade de Porto Alegre. Compreende-se que a autono-

mia existe sempre em relação a alguém ou a alguma coisa e

sempre possui uma intencionalidade. Sempre que se discute

autonomia pergunta-se: em relação a que? Autonomia de

quê? Autonomia para quê? Assim, refletir sobre autonomia

leva a “[...] pensar no contrário de autonomia, ou seja, na

dependência, na falta da capacidade de autoformação, de

autogoverno e de autoavaliação” (SALOMON, 1999, p. 31).

O autor alerta ainda que “[...] o principal referencial para a

palavra autonomia é o poder.

Pode-se afirmar que autonomia implica poder [...].

Trata-se de um poder em relação a outro poder [...]” (SA-

LOMON, 1999, p. 31). Segundo Paulo Freire, em sua obra

Pedagogia da Autonomia (1996), a autonomia deve ser um

princípio pedagógico para os educadores progressistas.

Machado (2008, p.56) afirma que “[...] Freire propõe essa

discussão a partir de um paradoxo da autonomia/depen-

dência.” A autonomia para Freire é um processo de humani-

zação que é construída historicamente a partir das decisões

que tomamos ao longo da nossa vida. Em seu livro, Freire

aborda as várias dimensões da autonomia que deveriam

compor todas as relações sociais presentes na educação

escolar, tais como: relação professor/escola, professor/alu-

no, professores/equipes diretivas, professores/pais, profes-

sores/funcionários, professores/comunidade escolar. Mas,