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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO

Ao assumir o governo municipal o governo do PSDB,

indica para Secretário de Educação um professor de filosofia

da Rede Privada de Ensino, que nada conhecia e nada en-

tendia de educação pública. O secretário inicia o ano letivo

anunciando mudanças na rotina escolar, entre elas revoga

uma resolução de 2005 que orientava a rotina escolar. O

novo documento da SMED proibia as escolas de manterem

suas atividades escolares e pedagógicas conforme havia

sido discutido e aprovado pelo comunidade escolar e apre-

sentado no calendário escolar no ano de 2016. Eis algumas

das medidas: proibição das reuniões pedagógicas, uma vez

por semana, diminuição do tempo das aulas, de 50 para 45

minutos, proibição de cumprimento da carga horária de

quatro horas e meia diárias. Fim da hora atividade fora da

escola, que acabou acontecendo mas que em 2018 foi proi-

bida definitivamente. Em audiência na câmara municipal de

vereadores o Secretário de Educação afirmou que

“Somos

intransigentes a respeito de três diretrizes: a carga de quatro

horas/aula por dia, que é a ideal para a aplicação do turno

inverso, com períodos de 45 minutos; 17 períodos de aula

semanais, e fim das reuniões pedagógicas no horário de

aula” (Site da Câmara Municipal de Porto Alegre, 18 de Maio

de 2017). O que cabe a escola decidir? De que autonomia

fala o secretário? Qual o problema com os períodos de 50

minutos? O que sabe a secretaria das propostas pedagógi-

cas das escolas e dos planos de aula dos professores? O que

sabe sobre as especificidades de cada escola e das comuni-

dades que atende? Vejamos um exemplo: a mudança de 50

para 45 minutos dos períodos das aulas semanais apenas

di-

minuiu

o tempo do professor com os estudantes visto que o

mesmo deverá atender mais turmas, ou ficar com períodos

livres para ser “usado” de acordo com as necessidades da

escola, precarizando assim o seu fazer pedagógico. Entrar

em sala de aula para atender turmas que não conhece, e não

tem vínculo não contribui em nada para qualificar a prática

pedagógica dos professores nem para garantir um atendi-

mento qualificado aos estudantes. A única dimensão desta