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EIXO 5 – PAULO FREIRE E OS MOVIMENTOS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E TRABALHO
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
do golpe civil-militar de 1964, em que, mais uma vez, utili-
zam-se do argumento de que o comunismo iria tomar o po-
der e visando evitar isso, inicia-se uma ditadura que durou
vinte e anos. Em 2016, com a justificativa de que a presiden-
te não teria consultado o congresso nacional para repassar
recursos financeiros ao programa minha casa minha vida e
para o programa de redistribuição de renda bolsa família,
a presidenta foi afastada do cargo. Em seu lugar assumiu o
vice-presidente, seu companheiro de chapa e cúmplice no
processo que levou ao impedimento da presidenta. Entre a
medidas urgentes dos “novelhos” governantes, uma delas
se destaca como a mais absurda e refere-se ao campo das
políticas sociais, particularmente, a educação, saúde e as-
sistência social, em que o poder executivo brasileiro propôs
o congelamento, por vinte anos, destas políticas públicas,
mais assustador ainda é que a medida provisória foi aprova-
da sem dificuldades no Congresso Nacional e, pasmem! O
atual prefeito de Porto Alegre votou favorável ao congela-
mento do investimento nessas áreas.
Quase ao mesmo tempo foi anunciada mais uma Re-
forma do Ensino Médio e, concomitantemente, iniciou-se
um movimento no sentido de refazer a Base Nacional Co-
mum Curricular, desconsiderando todo processo de cons-
trução que vinha sendo desenvolvido no governo anterior.
Juntamente com essa onda ultraconservadora que se insta-
lou no Governo Federal, as eleições de 2016 para as prefei-
turas reproduziu o desânimo das pessoas com a conjuntura
nacional e possibilitou que os candidatos neoconservadores
- é o caso de Porto Alegre que elege um candidato do PSDB
alinhado com o Movimento Brasil Livre (MBL) de conseguis-
sem viés fascista - se elegesse sob manto da chamada mo-
dernidade, mesmo que sua eleição tenha se balizado por
um número insignificante dos votos válidos, perdendo as
eleições para os brancos e nulos. Em sua campanha para
prefeitura a educação não aparecia como prioridade e a úni-
ca referência que fazia a mesma era em relação aos baixos
índices da rede nas avaliações do IDEB e da Prova Brasil.