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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
possui. (FREIRE, 2011). Problematiza também que a
extensão
,
quando não é dialógica, é considerada invasão cultural.
Se transforma os seus conhecimentos especializa-
dos, suas técnicas, em algo estático, materializado
e os estende mecanicamente aos camponeses, in-
vadindo indiscutivelmente sua cultura, sua visão de
mundo, concordará com o conceito de extensão e
estará negando o homem (sic) como ser de decisão.
(FREIRE, 2011, p.53).
Desta forma, os estudantes vão construindo, duran-
te a sua formação na alternância do espaço-tempo, novos
saberes e valorização de muitos saberes; nesse sentido, se
o conhecimento é um processo sempre em aberto, sabe-se
algo e nunca se sabe tudo. Assim, os (as) camponeses (as)
possuem saberes, muitos não considerados científicos, po-
rém, tem sua eficiência comprovada no dia a dia das famílias
com o trabalho no campo.
A música tem papel fundamental na formação, pois
traz a cultura e a arte popular, também, como forma de en-
sino-aprendizagem. Compreende-se, ainda, a mesma como
uma fomentadora de cultura, uma vez que os cantos popu-
lares são importantes no processo de emancipação e luta
propostos na escola. A música “Não vou sair do Campo”,
de Gilvan Santos, traz em sua letra um dos objetivos precí-
puos destacados neste relato: “Cultura e produção/Sujeitos
da cultura/A nossa agricultura/Pro bem da população/Cons-
truir uma nação/Construir soberania/Pra viver o novo dia/
Com mais humanização”.
REFERÊNCIAS
FREIRE, Paulo.
Extensão ou comunicação?
15 ed. São Paulo:
Paz e Terra, 2011.
NOSELLA, Paolo.
Origens da Pedagogia da Alternância no
Brasil.
2ª reimpressão. Vitória: EDUFES, 2014.
SANTOS, Gilvan.
Não vou sair do Campo.
Disponível em:
https://www.cifraclub.com.br/gilvan-santos/nao-vou- -sair-do-campo/.Acesso em: 06 de março de 2018.