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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
Tomamos por empréstimo esta frase de Samir Amin
para principiar nosso diálogo com relação a decoloniali-
dade, ainda que por contradição: Colonização. O que vem
a ser o processo de colonização? Criar colônia. Expandir
território.
Sob este enfoque, a História da América se inclui
como objeto de estudo, a partir da Idade Moderna, aliás,
Enrique Dussel advoga que por aí principia o mito da
modernidade:
La Modernidad se originó en las ciudades europeas
medievales, libres, centros de enorme creatividad.
Pero “nació” cuando Europa pudo confrontarse con
“el Otro” y controlarlo, vencerlo, violentarlo; cuan-
do pudo definirse como un “ego” descubridor, con-
quistador, colonizador de la Alteridad constitutiva
de la misma Modernidad. De todas maneras, ese
Otro no fue “des-cubierto” como Otro, sino que fue
“en-cubierto” como “lo Mismo” que Europea era
desde siempre. De manera que 1492 será el mo-
mento del “nacimiento” de la Modernidad como
concepto, el momento concreto del” origen” de un
“mito” de violencia sacrificial muy particular y, al
mismo tiempo, un proceso de “en- cubrimiento” de
lo no europeo. (DUSSEL, 1994 p.8).
Para Dussel, não há em 1492 um descobrimento, há
sim um encobrimento. Foi encoberta a história, religiosida-
de, a cultura, o saber. Todo um entendimento de mundo,
de existir e relacionar-se com o outro e com a natureza. O
processo de colonização das Américas. No caso da América
do Sul, uma colonização de exploração. Explorar as riquezas,
minérios, fauna, flora, e também o ser humano, o comércio
de corpos. Fato que esta colonização se deu pela violência
bélica. Mas seguiram-se outras.
O pensamento de Freire contribui para pensarmos a
descolonização do currículo da educação do campo como
ação consciente por meio de uma ação cultural em direção
de dar audiência aquelas vozes historicamente silenciadas,
no caso o sabe milenar dos campesinos.