XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:
RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
PAULO FREIRE E AÇÃO CULTURAL
DE DESCOLONIZAR O CURRÍCULO
DA EDUCAÇÃO DO CAMPO
Maria Rosângela Pereira de Oliveira
1
Ozerina Victor de Oliveira
2
INTRODUÇÃO
O ponto de partida deste texto são reflexões sobre a
descolonização do currículo de educação do campo a partir
da obra
Ação Cultural para Liberdade e outros escritos de
Paulo Freire
. O autor tece problemáticas profundas quanto a
relevância de percebemos a ação cotidiana do trabalho edu-
cativo como ferramenta constitutiva de libertação. No tex-
to de Danilo Streck (2010) têm-se um pouco da dimensão
do pensamento freireano para a pedagogia da Sul América.
Portanto, é possível aproximar o pensamento deste autor
do referencial epistemológico pautado na perspectiva de-
colonial, coadunando com a práxis do movimento contem-
porâneo das ciências sociais em direção a uma mudança de
orientação epistemológica.
Na direção do conceito de marginalidade de Amin
(1977), o novo vem do que está na margem, e sob esta pers-
pectiva, cresce o desenvolvimento teórico e também epistê-
mico inferido na decolonialidade, sob o qual, é relevante prin-
cipiar pelo conceito que lhe define, conforme procederemos.
O objetivo da reflexão é inferir como o pensamento freireano,
nesta obra, pode contribuir para pensarmos as possibilidades
de descolonização do currículo da educação do campo.
O NOVO VEM DA MARGEM
Os marginais podem mostrar verdades que tam-
bém são verdadeiras para os “centrais. (AMIN, 1977,
p.161)
1
Maria Rosângela Pereira de Oliveira (PPGE UFMT) –
ro.oliveira.clio@gmail.com2
Drª Ozerina Victor de Oliveira (PPGE UFMT) –
ozerina@ufmt.br