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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
educação contra-hegemônica, posto que reclama e afirma
um projeto de educação aliado a um projeto alternativo de
sociabilidade. É nessa perspectiva que se insere a educação
do campo (p. 2-3)”.
Para Gomes Filho (2014, p. 62) “O poder de não se
resignar perante situações concretas de opressão é uma das
maiores contribuições de Freire ao atual debate da Educa-
ção do campo”. Assim, se tem uma experiência vivenciada
pelos sujeitos populares e do campo, que se valoriza os di-
versos saberes da classe trabalhadora, onde quem planeja e
executa a educação são os próprios (as) envolvidos. Como
afirma Caldart (2012), quando os povos do campo organiza-
dos pensam e constroem sua própria educação, a Educação
do
Campo, esta se materializa como uma legítima pedago-
gia do oprimido.
A EdoC e a E.P. surgiram e trilharam caminhos nos
movimentos populares, assumindo a perspectiva da trans-
formação social, fazendo uma opção de classe, tendo o
coletivo como protagonista dessas construções. Na atua-
lidade a EdoC é política pública e há o curso de formação
de professores – Licenciatura em EdoC – nas Universidade,
gerando tensionamento de um lado, e contradição de outro.
O tensionamento se dá porque os sujeitos do campo aden-
tram à Universidade como se ainda lá não fosse o seu lugar.
E, a contradição, por sua vez ocorre quando esse curso que
surgiu pelas demandas populares não cumpre a sua função
a favor desses sujeitos.
No caso da EdoC, é necessário que educadores e edu-
cadoras se apropriem da teoria dos Movimentos populares,
transcendendo dessa forma, o espaço físico escolar/univer-
sitário, pois, o conhecimento está além da escolarização:
está na luta, na organização, na formação, seguindo teorias
e experiências das lutas populares e da diversidade de prá-
ticas com os diversos sujeitos.
Assim, na construção e vivência de outras práticas edu-
cativas está o reconhecimento de outros saberes, de meto-
dologias não autoritárias e a não centralidade no professor/a