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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Conceber o ambiente educativo de uma escola, é a ob-

tenção da combinação num mesmo movimento pedagógico,

das inúmeras práticas sociais, sabidamente educativas, justa-

mente porque estabelece a vida integralmente: a luta, a orga-

nização coletiva, o trabalho, o estudo, os aspectos culturais,

o trato com a terra, a memória, os sentimentos. Na escola,

este movimento se ressignifica em tempos, espaços, metodo-

logias de ensino, modelos de gestão, opções de conteúdos,

mecanismo de avaliação, entre outros. É o movimento das

práticas e da reflexão, que possibilita o movimento pedagó-

gico como espaço educador de sujeitos. A provocação para

educadores e educadoras, emerge justamente na garantia da

coerência deste movimento de práticas inerentes a valores

e princípios, que comportem um demarcado projeto de ser

humano, de sociedade (ARROYO, CALDART, MOLINA, 2004).

E obviamente, a forma de avaliação está fortemente envolto

nesse movimento pedagógico de práticas e reflexões.

É de potencialidade menor, afirmar que o movimento

educa, se não compreendermos como isto ocorre e como

pode manifestar-se na cultura escolar. É imprescindível que

os sujeitos dessas práticas educativas reflitam sobre as mes-

mas e culminem em transformá-las em aprendizagens cons-

cientes e articuladas. Auxiliar nesse processo de reflexão, é

tarefa fundamental dos trabalhadores e trabalhadoras da

educação, que intentam a outra forma de sociedade (AR-

ROYO, CALDART, MOLINA, 2004).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A forma de avaliação praticada na Escola 29 de Ou-

tubro, como é

a memória reflexiva

, está para além de um

movimento pedagógico de ensino-aprendizagem. É uma

ferramenta de resistência aos moldes classificatórios da

sociedade capitalista, que objetiva resultados, números e

notas vazias de humanidade.

A memória reflexiva

é uma

ruptura nessa ótica de sujeitos passivos da educação. Traz

movimento ao ambiente educativo, numa relação profunda-

mente dialética entre educandos e professores.