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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
serções e trajetórias pedagógicas, formativas e sociais dos
sujeitos envolvidos.
A condução da formação dos futuros educadores para
atuar na escola do e no campo, vem sendo pautado na pers-
pectiva de que o egresso deste curso precisa ser capaz de
utilizar os conhecimentos das Ciências da Natureza cons-
truídos por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, para
compreender e transformar o contexto sócio-político do seu
meio
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. Para tanto, enfatizamos que a formação inicial neste
curso, tem seu embasamento na teoria de Paulo Freire com
os seguintes princípios: problematização, diálogo, contex-
tualização, autonomia, relação teoria-prática, conscientiza-
ção, emancipação. Na intencionalidade e na provisoriedade
desta reflexão crítica, temos o cuidado de considerar que
tanto os formadores como os que estão em processo de for-
mação inicial são
sujeitos
singulares, que recebem e exercem
influências do e no meio social, político, econômico, cultural
e educacional.
DESAFIOS À EDUCAÇÃO DO E NO CAMPO
A Educação do e no Campo é um fenômeno histórico,
social e educacional, que vem sendo construído com muito
esforço nas últimas décadas no Brasil, pelos trabalhadores
do campo e seus movimentos sociais, buscando garantia ao
direito à educação. Uma Educação do e no Campo que tem
seus saberes, sua organização, comprometida em formar
sujeitos autônomos, integrados pela coletividade e eman-
cipação, onde a práxis libertadora torna-se o caminhar de
suas ações.
Nosso educador, Paulo Freire tem contribuído muito
com a formação de professores do e no Campo, focalizan-
do a reflexão entre explorados e exploradores. Para Freire, a
Educação deveria ser reinventada. Transformar a educação
ligada aos interesses do mercado, de exploração e domi-
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Ex-certo referenciado no PPC do curso Interdisciplinar em Educação do
Campo: Ciências da Natureza, item “perfil do egresso”, elaborado em 2012
(p. 37).