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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:

RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

diferenciado, principalmente no que diz respeito à condu-

ção teórica e metodológica da ação pedagógica. Ao centrar

a reflexão da formação docente, tendo como base os prin-

cípios freireanos, apontamos para caminhos que não estão

dados, mas que se constroem no próprio ato de caminhar, o

que implica na “[...] presença de educadores e de educandos

criadores, instigadores, inquietos, rigorosamente curiosos,

humildes e persistentes” (1996, p. 26). Nesse encadeamento,

entendemos que os professores necessitam mobilizar ações

que ativem o conhecimento prévio do estudante, adotando

estratégias diversificadas, no sentido de estabelecer cone-

xões com os conteúdos curriculares trabalhados na escola.

O professor ao planejar ações em que intencione pro-

mover a reflexão crítica, certamente vale-se de problemas

reais do cotidiano, o que favorece o estabelecimento do diá-

logo, com vistas à produção do conhecimento de maneira

problematizadora. Ao problematizar acerca da construção

da consciência crítica, conforme Freire (1987), o professor

estará mobilizando esforços com vistas à educação liberta-

dora. Consiste em favorecer que os sujeitos se transformem,

ou seja, deixem de ser o que são, tornando-se mais humanos

e emancipados. Acreditamos que a educação na perspectiva

libertadora ao ser pensada e praticada pelos próprios sujei-

tos que demandam sua libertação, representa o desejo de

emancipação para o exercício pleno da cidadania.

Temos em mente que um dos grandes desafios na for-

mação inicial de professores para atuar na educação do e no

campo, é o de enfrentar os moldes de como se pensa e se

produz a docência, sendo necessário potencializar a reflexão

crítica para quiçá superar a consciência ingênua. Para tanto,

o foco da formação docente ao centrar-se no fazer peda-

gógico e na docência, demanda refletir na e sobre a ação,

como forma de tornar ativos os licenciandos em processo

formativo. Aos formadores de futuros professores, desse

modo, cabe-lhes reforçar que “práxis que, sendo reflexão e

ação verdadeiramente transformadora da realidade, é fonte

de conhecimento reflexivo e criação” (FREIRE, 1987, p. 92).