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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO: RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
assumir formas de ação rebelde. Num que fazer libertador
não se pode perder de vista esta maneira de ser dos oprimi-
dos, nem esquecer este momento de despertar” (1987, p. 51).
Entendemos, pois, que a formação de educadores
para atuar na escola do e no campo, articulada com os prin-
cípios freireanos pode/deve oferecer aos futuros docentes
uma formação sólida para que postulem junto aos seus
educandos estratégias de organização para libertar-se do
caráter de dependência, tornando-se sujeitos emancipados
na acepção da palavra. Para isso, a ação pedagógica neces-
sita pautar-se pela análise da realidade concreta, de modo a
colocar no horizonte da organização e do desenvolvimento
do conteúdo, o diálogo entre os saberes da experiência e os
conhecimentos curriculares.
Por fim, enfatizamos nossa crença na proposta da Edu-
cação do Campo, na pedagogia freireana e na possibilida-
de de formar docentes na perspectiva do fortalecimento da
consciência crítica, da valorização da vida do e no campo, da
criação de condições objetivas para viver de maneira digna
no campo. Desse modo, é indispensável que
nos processos
formativos, tanto de educadores como de educandos não
“[...] esquecer que a libertação dos oprimidos [camponeses]
é libertação de homens e não de ‘coisas’. Por isto, se não é
autolibertação – ninguém se liberta sozinho -, também não
é libertação de uns feita por outros” (1987, p. 53).
REFERÊNCIAS
ARROYO, Miguel Gonzalez. A escola do campo e a pesqui-
sa do campo: metas. In: MOLINA, Mônica Castagna.
Educação do campo e pesquisa
: questões para re-
flexão. Brasília: Ministério do Desenvolvimento Agrá-
rio, 2006.
CALDART, Roseli Salete. Educação do Campo. In: CALDART,
R. S.; PEREIRA, I. B.; ALENTEJANO, P.; FRIGOTTO, G.
(Orgs.).
Dicionário da Educação do Campo.
São Pau-
lo: Expressão Popular, 2012.