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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 4 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO DO CAMPO:

RESISTÊNCIA E CONSTRUÇÃO DE ALTERNATIVAS

aprendido. Nesse aspecto, a memorização mecânica da con-

figuração do objeto não condiz com a aprendizagem ver-

dadeira do objeto ou do conteúdo. Ao colocarmos o edu-

cando, nesse universo da memorização mecânica, estamos

tratando-o meramente como um ser passivo no mecanismo

de transferência do objeto ou do conteúdo. Com isso, não

possibilitamos a criticidade do educando e a sua curiosidade

epistemológica, no percurso da construção do conhecimen-

to (FREIRE, 2004).

Para Freire (2014, p. 47), “saber ensinar não é transferir

conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria

produção ou a sua construção”. Entendemos que avaliação

nos moldes da

memória reflexiva

, como processo, não me-

cânica e classificatória, surge como uma possibilidade intrín-

seca, e também coletiva de produção de conhecimento dos

sujeitos envolvidos.

A avaliação mediante

memória reflexiva

serve como

contraponto aos ideários da avaliação punitiva e alheia

à realidade sociocultural dos educandos. Segundo Freire

(2004) a recusa total pela formação integral do ser humano

e seu comedimento ao puro treino (técnico, sem vivência

humana) tonificam o modo autoritário de fala vertical, ou

seja, de cima para baixo. Restringindo conforme Freire, o

propósito de sua democratização no falar

com

.

Os sistemas de avaliação pedagógica de educandos e

professores caracterizam-se cada vez mais como discursos

e práticas verticais, numa falsa insistência por posicionarem

como democráticos. A centralidade para nós educandos e

professores, enquanto agentes críticos e defensores da li-

berdade, não é logicamente, opor-se a avaliação, de cunho

necessária, mas sim, reagirmos as metodologias silenciosas

que atingem a avaliação constantemente. O foco, é pela luta

em prol do entendimento e da prática da avaliação enquan-

to instrumento/mecanismo de análise do processo ensino-

-aprendizagem, que intente à libertação, e não a domestica-

ção. Avaliação que incentive o falar

a

como percurso do falar

com

(FREIRE, 2004).