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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR

a práxis educativa no Instituto Federal de Educação, Ciência

e Tecnologia do Rio Grande do Sul –

Campus

Sertão, o de-

safio principal a enfrentar é o de saber implementar uma es-

tratégia educativa. Isto é, planejar e pôr em prática proces-

sos educativos ordenados, lógicos, coerentes, que tenham

sequência e uma perspectiva tal, que nos permitam chegar a

apropriar-nos criticamente da realidade para transformá-la.

Atualmente, o

Campus

Sertão oferta nove cursos de

Educação Superior, entre eles dois cursos de licenciatura e

um de formação pedagógica. Para além dos objetivos do

Governo Federal de indicar como prioridade dos IFs o de-

senvolvimento da educação profissional na forma de cur-

sos integrados, a criação dos Institutos Federais possibilitou

uma heterogeneidade maior no corpo docente dessas insti-

tuições, que apesar das discussões críticas no âmbito da sua

constituição (PACHECO, 2011), ainda pendem para um viés

tecnicista, atreladas aos interesses do mercado de trabalho.

Nesse sentido existem muitas resistências à participação e

ao envolvimento em discussões pedagógicas, fato que di-

ficulta para que esses trabalhadores da educação proble-

matizem sobre a sua prática e a práxis educativa, condição

indispensável para a reflexão crítica sobre a práxis,

o pensar certo sabe, por exemplo, que não é a par-

tir dele como um dado, que se conforma a prática

docente crítica, mas sabe também que sem ele não

se funda aquela. A prática docente crítica, implican-

te do pensar certo, envolve o movimento dinâmico,

dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. O

saber que a prática docente espontânea ou quase

espontânea, “desarmada”, indiscutivelmente pro-

duz é um saber ingênuo, um saber de experiência

feito, a que falta a rigorosidade metódica que ca-

racteriza a curiosidade epistemológica do sujeito.

Este não é o saber que a rigorosidade do pensar

certo procura. Por isso, é fundamental que, na prá-

tica da formação docente, o aprendiz de educador

assuma que o indispensável pensar certo não é pre-

sente dos deuses nem se acha nos guias dos pro-

fessores que iluminados intelectuais escrevem des-

de o centro do poder, mas, pelo contrário, o pensar