XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 3 – PAULO FREIRE E A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL, TÉCNICA, TECNOLÓGICA E SUPERIOR
pode ser compreendido como uma atividade de apoio dis-
cente ao processo de ensino e aprendizagem.
A monitoria acadêmica tem se mostrado nas Institui-
ções de Educação Superior como um programa que deve
cumprir, principalmente, duas funções: iniciar o estudante
na docência de nível superior e contribuir com a melhoria do
ensino de graduação. Por conseguinte, ela tem uma grande
responsabilidade no processo de socialização na docência
universitária, assim como na qualidade da formação profis-
sional oferecida em todas as áreas, o que também reverterá
a favor da formação do futuro docente.
Geralmente existem normas explícitas quanto às fun-
ções do monitor, do professor orientador e, em algumas
IES, do coordenador de monitoria no departamento ou cur-
so. No entanto, na prática, algumas vezes, acontecem cer-
tos desvios. Existem casos o monitor se torna apenas um
simples “tarefeiro”, executando tarefas muito simples como
buscar diários, coletar apagador e giz, transcrever notas, re-
ceber trabalhos de estudantes. Outras vezes, situações mais
graves ocorrem, quando o professor orientador “acredita”
que o monitor é seu empregado, desconsiderando por com-
pleto sua função de formador.
No tocante à formação para o ensino, a monitoria
deve ser pensada abarcando todo o processo de ensino. O
professor orientador necessita envolver o monitor nas fases
de planejamento, interação em sala de aula, laboratório ou
campo e na avaliação dos alunos e das aulas/disciplina. Evi-
dentemente, como reza algumas recomendações de IES, os
monitores não podem substituir os professores dando aulas
por estes. Eles são aprendizes, ainda não auferiram o nível
de competência de um professor. No entanto, tampouco
isso significa uma escusa para deixá-los, como salientamos,
executando apenas tarefas bastante limitadas quanto ao
teor formativo.
Faz- se necessário estabelecer um diálogo aberto com
o monitor, ouvindo suas opiniões desde a perspectiva de alu-
no e como elo que é entre o professor e os alunos. Isso tende