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EIXO 16 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ÉTICA E ESPIRITUALIDADE

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

tadora, dialógica e humilde. A confiança no ser humano é

construída por relações afetuosas e comprometida social-

mente com pedagogias conscientizadoras. Essas pedago-

gias, construídas por relações de confiança, requerem epis-

temologias coerentes com a perspectiva humanista.

Segundo Freire, no livro

Pedagogia do Oprimido

, é o

“clima de esperança e confiança que leva os homens a se

empenharem na superação das ‘situações-limite” (FREIRE,

1987, p. 51). É possível encontrar essas situações-limites, na

atualidade, na educação comprometida com pseudo valores

mercantilizados, ou seja, o individualismo, o egoísmo, a ga-

nância, o pessimismo, o fatalismo, a meritocracia, a compe-

titividade e a desenfreada desesperança nas pessoas. Nessa

acepção, o amor, a humildade, a confiança e a criticidade

estão desconectados em suas pedagogias, sendo conside-

rados como igrejismo, ingenuidades e alienação. As “situa-

ções-limites” estão impregnadas nos discursos dominantes

e opressores, e diante da opção por pedagogias compro-

metidas, urge a necessidade de enfrentá-las e superá-las,

para continuar a luta em defesa da educação libertadora/

humanizadora.

Cabe fazermos duas observações sobre as pedago-

gias divergentes da concepção de educação libertadora. A

primeira é a pedagogia cuja lógica da razão moderna e ilu-

minista representou uma mudança paradigmática, rompen-

do com uma visão teológica do mundo.. A segunda, é a da

explicação do mundo pela racionalidade mecânica (causas

e efeitos) excluindo as emoções e as subjetividades no pro-

cesso de construção do conhecimento. Essa racionalidade

fragmenta as relações mundo-sujeito, razão e emoção.

Para nós, em consonância com Freire (1997), Fio-

ri (2014), Zitkoski (1999), (ANDREOLA; RIBEIRO, 2005), se-

gundo essas concepções, a práxis, no campo da educação,

perde inteiramente seu sentido de humanização. A razão

e emoção necessitam caminhar juntas, e nessa direção, a

construção de conhecimentos geradores de sentidos para e

na vida humana constitui-se de dimensões e bases filosó-