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EIXO 16 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ÉTICA E ESPIRITUALIDADE
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
mana uma constante busca do
ser mais,
revela em nós, seres
em construção, uma existência radicalmente Ética.
Nesses termos, Freire defende a universalidade da Éti-
ca Humana:
“Quando falo, porém, da ética universal do ser hu-
mano estou falando da ética enquanto marca da
natureza humana enquanto algo absolutamente in-
dispensável à convivência humana. Ao fazê-lo estou
advertido das possíveis críticas que, infiéis ao meu
pensamento, me apontarão como ingênuo e idea-
lista. Na verdade falo da ética universal do ser hu-
mano da mesma forma como falo de sua vocação
ontológica para o ser mais, como de sua natureza
constituindo-se social e historicamente” (FREIRE,
1997, p.20).
O ser humano não só está no mundo, pois não é um
ser passivo que somente se adequa a realidade. Ao contrá-
rio, é um ser de escolhas, de decisão e, por isso mesmo, se
tornou uma
presença no mundo
que tem um modo especial
de ser. Ou seja, a autenticidade da existência humana está
diretamente relacionada ao fato de que, enquanto presença
no mundo, o ser humano não só está no mundo, mas in-
tervém nele, transforma-o, toma decisões, rompe com o já
feito, avalia, constata e também sonha com um mundo dife-
rente. “É no domínio da decisão, da avaliação, da liberdade,
da ruptura, da opção, que se instaura a necessidade da ética
e se impõe a responsabilidade. A ética se torna inevitável e
sua transgressão possível é um desvalor, jamais uma virtu-
de” (FREIRE, 1997).
A NÃO NEUTRALIDADE ÉTICA E O DESAFIO DA
LUTA POR HUMANIZAÇÃO – O GENTIFICAR-SE
A partir do fato de que a natureza humana não está
pronta (por que não é um
a priori
da história), nós, seres
humanos, estamos em constante busca para realizar nossa
vocação ontológica
e nos tornarmos mais gente, que implica,
da mesma forma, gentificar (humanizar) o mundo (FREIRE,