XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 16 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ÉTICA E ESPIRITUALIDADE
Neste sentido, é correto dizer que a educação em direitos
humanos está vinculada a mudanças sociais, a democratiza-
ção das relações, a prática do diálogo e o reconhecimento
da outra pessoa como sujeito de direitos.
Os direitos humanos são direitos que pertencem a
todas as pessoas, não podendo ser separados uns
dos outros; afetam-se uns aos outros e não podem
ser obtido integralmente sem que os outros tam-
bém o sejam. Nesta perspectiva, os Direitos Hu-
manos constituem-se em uma ferramenta preciosa
para se interpretar e recriar a realidade social numa
dimensão humanizadora. Daí sua relevância para o
aperfeiçoamento dos processos sociais emancipa-
dores, sobretudo para aqueles mais radicais conti-
dos na exigência de efetivação da cidadania plena
(DIAS, 2014, p. 107).
Freire sonhou uma cultura dos direitos humanos a
partir de novas práticas sociais alicerçadas na cidadania, na
democracia, na solidariedade, no diálogo e na vivência da
paz fruto da justiça social. A transformação das estruturas
que negam a dignidade humana e por consequência os di-
reitos humanos exige o engajamento da pessoa como su-
jeito capaz de história própria. É necessário conscientizar
e ao mesmo tempo sensibilizar as pessoas para que lutem
no sentido de instaurar sociedades mais livres, democráti-
cas com respeito a pessoa e sua dignidade.
“Educação em
direitos humanos é, necessariamente, uma educação política,
orientadas por processos de emancipação e de libertação hu-
mana” (Dias, 2014, p. 120)
Nosso desafio no atual contexto, é educar para fazer
nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos mais huma-
nos. Educação é na sua essência um processo sem fim de
humanização e progresso ético\político que visa a cons-
cientização de pessoas que se inserem no mundo como
sujeitos de transformação social. Precisamos trabalhar a
agenda dos direitos humanos dentro de uma proposta
humanizadora e de defesa da dignidade humana, porque
a barbárie encontra-se no próprio princípio civilizatório; a