XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 16 – PAULO FREIRE: EDUCAÇÃO AMBIENTAL, ÉTICA E ESPIRITUALIDADE
DESAFIOS DE UMA EDUCAÇÃO EM/PARA OS DIREITOS
HUMANOS.
No título deste capitulo, temos uma conjuntura que
nos leva a uma reflexão mais nociva do que é educar
em
direitos humanos e educar
para
os direitos humanos. Educar
em direitos humanos é humanizar-se e pretender humanizar
as pessoas e as relações. Leva o cidadão a tomar consciência
de dentro para fora em relação as outras pessoas. É viver
em harmonia em uma sociedade que precisa de ética em
termos de boa convivência. A minha liberdade vai até onde
começa a liberdade do outro. Educar para os direitos hu-
manos é a formação que leva o indivíduo a entender o con-
texto todo. Vai além das boas práticas. Luta para que todos
tenham acesso a mesma educação em que se acredita, a fim
de que, todos tenham uma sociedade mais justa e fraterna.
É defender o direito à vida, é lutar por uma democracia, é
querer a igualdade social para todos.
“A educação deve orientar-se para o pleno desenvolvi-
mento da personalidade humana e do sentido de sua dignida-
de, e deve fortalecer o respeito pelos direitos humanos e pelas
liberdades fundamentais. ”
(PIDESC, ART. 13, 1° ONU, 1996,
p. 140).
Infelizmente muitas pessoas não sabem dos seus
próprios direitos e muito menos de seus deveres enquanto
pessoa humana. Falha crucial da educação básica, porém,
não se restringe somente a escolas e centros educacionais,
mas, é de tamanha responsabilidade dos governantes libe-
rar o acesso a informação fácil a todo e qualquer cidadão. O
que temos na atualidade são seres que se relacionam entre
si sem ter o conhecimento prévio, mas sim, apenas a tradi-
ção do bom senso.
Um dos desafios de educar em/para direitos humanos
é quebrar o tabu de que é algo para pessoas bem-sucedi-
das, ou acadêmicos. Muitos ao ouvir falar em direitos huma-
nos logo remetem à prisão de bandidos e marginais ou que
é algo de juiz e advogado. Todos nós somos seres políticos
na essência porque nos relacionamos e precisamos uns dos
outros para o bem comum.