XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS
volver pesquisa. Tudo isso proporciona a (re)construção, a
interação, o diálogo, a curiosidade, a pergunta, entre outras
questões que movem o conhecimento, objeto essencial que
organiza a educação escolar. O que exige do professor uma
mudança de postura, no sentido de ousar mais, de “pro-
vocar-se ao risco, como única forma de avançar no conhe-
cimento, de aprender e ensinar verdadeiramente” (FREIRE;
FAUNDEZ, 1985, p. 27). De usar a Pedagogia da Pergunta
como pressuposto educativo na docência de todas as eta-
pas da educação.
Uma das premissas de Paulo Freire pontua que “Ensi-
nar exige consciência do inacabado”, neste sentido é preci-
so reconhecer que somos seres inacabados, em constante
formação. Esta consciência do inacabado deveria nos mover
e nos inquietar na busca da construção profissional da do-
cência, por isso o autor pontua que
[...] chegamos a ponto de que talvez devêssemos
ter partido. O do inacabamento de ser humano. Na
verdade, o inacabamento do ser ou sua inconclu-
são é próprio da experiência vital. Onde há vida, há
inacabamento. Mas só entre mulheres e homens o
inacabamento se tornou consciente (1996, p. 28).
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Construir e priorizar a busca sem fim, a ideia do ina-
cabado, da atualização permanente, da reinvenção da con-
dição cidadã, são premissas que deveriam nos acompanhar
na efetivação de uma Pedagogia da Pergunta na escola. No
contexto da escola infantil, pesquisar move o educador e
a criança para este caminho investigativo e sem fim, movi-
menta o cotidiano educativo e principalmente transforma o
ensino ao instaurar na escola uma Pedagogia da Pergunta,
uma pedagogia da renovação.
Viver esta organização curricular permite a formação
de um novo ser humano, mais ativo, curioso, desacomoda-
do e emancipado. É disso que nossas crianças precisam, de
um outro lugar educativo, de pessoas que acreditam nelas,