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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 15 – PAULO FREIRE E AS INFÂNCIAS

Pesquisar e perguntar são atos constantes no traba-

lho com projetos, por isso desde a Educação Infantil, o tra-

balho com projetos pode estar presente como um princí-

pio pedagógico, como uma forma de organização didática

e pedagógica, se tornando uma estratégia enriquecedora

na formação de sujeitos pensantes, críticos, autônomos e

emancipados, capazes de criar e organizar seus próprios co-

nhecimentos, principalmente por envolvê-los na pesquisa.

PROJETAR E PESQUISAR NA ESCOLA INFANTIL

É possível perceber na escola que: “A curiosidade das

crianças às vezes pode abalar a certeza do professor”

e tirar o mestre explicador de seu lugar de conforto.

As perguntas e as curiosidades das crianças movem

o professor para um lugar de aprendente, porque

ele “aprende com aquele a quem ensina, não apenas

porque se prepara para ensinar, mas também por-

que revê o seu saber na busca do saber que o estu-

dante faz” (FREIRE; FAUNDEZ, 1985, p. 23).

Assim a curiosidade é “castrada” pela escola, pois o

ensino, o saber, o conhecimento escolar hoje é construído

pelas respostas, o que caracteriza uma “pedagogia da res-

posta”, ou seja, é uma pedagogia da adaptação e não da

criatividade, pois não estimula a invenção, a reinvenção e

a criação. Essa pedagogia se instaura hoje principalmente

pela organização disciplinar que sustenta o currículo esco-

lar, de modo a “engessar” e fragmentar o conhecimento que

é “ensinado”. Porém é importante salientar que o trabalho

docente na Educação Infantil não pode gerar a reprodução

de práticas conhecidas como “escolarizantes”, nas quais as

crianças são precocemente submetidas a processos de alfa-

betização formal, o que reforça a ideia da educação infantil

como “período preparatório” ao ensino fundamental. A do-

cência nesta etapa da educação tem características próprias

que merecem ser respeitadas.

Diferente da “Pedagogia da submissão” ou da “Peda-

gogia da resposta”, o que estamos precisando hoje nas es-

colas é de uma

Pedagogia da Pergunta

, uma pedagogia