Table of Contents Table of Contents
Previous Page  1928 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 1928 / 2428 Next Page
Page Background

1928

EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Conhecimento e pensamento são, portanto, impor-

tantes para que os indivíduos compreendam os aconteci-

mentos, os fatos, os saberes, os conhecimentos e as lingua-

gens partilhados pelas distintas gerações, e, a partir dessa

compreensão atribuam sentido à sua presença no mundo,

desenvolvendo a capacidade de agir em conjunto com os

outros, pela preservação/renovação do mundo, tendo em

vista a sua boniteza.

Assim, explicitadas as distinções entre conhecer e

pensar, busca-se afirmar que ambas fazem parte da tarefa

educativa, pois os educandos necessitam de acesso ao co-

nhecimento acumulado, e, ao mesmo tempo exercitarem a

capacidade de pensar, perguntando-se pelo sentido desses

conhecimentos para si, para os outros e para o mundo. Co-

nhecer e pensar propiciam às crianças e aos jovens a com-

preensão do mundo comum e a assunção de seu lugar nes-

te espaço-tempo, participando de sua constante renovação.

Constatando-se que a educação atual prioriza o conhecer,

no próximo tópico, indaga-se sobre as possibilidades da es-

cola de instigar o pensar.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao longo deste estudo enfatizou-se as responsabilida-

des da escola com o conhecer e o pensar, salientando que

tem sido priorizada a construção do conhecimento. Cabe,

então, interrogar: pode a escola ensinar a pensar?

Neste aspecto, Paulo Freire e Hannah Arendt assu-

mem posições distintas (embora complementares), uma

vez que na perspectiva freiriana, um dos compromissos

do professor é ensinar a pensar certo. No entendimento

arendtiano, por sua vez, não é possível ensinar a pensar,

porque não há métodos e regras de pensamento a serem

transmitidos aos estudantes. Para autora, o que pode o

professor é compartilhar, com as crianças e jovens, a sua

forma de pensar e os sentidos que atribuem às experiên-

cias, a partir dos quais os novos podem constituir seus mo-

dos próprios e singulares de relação com o mundo e com