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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
jovens adolescentes a educação não-formal resga-
ta o sentimento de valorização de si próprio (o que
a mídia e os manuais de auto-ajuda denominam,
simplificadamente, como a auto-estima); ou seja
dá condições aos indivíduos para desenvolverem
sentimentos de auto-valorização, de rejeição dos
preconceitos que lhes são dirigidos, o desejo de
lutarem para ser reconhecidos como iguais (en-
quanto seres humanos), dentro de suas diferenças
(raciais, étnicas, religiosas, culturais, etc.);
• os indivíduos adquirem conhecimento de sua pró-
pria prática, os indivíduos aprendem a ler e inter-
pretar o mundo que os cerca.
Percebemos como essas questões podem ser asse-
melhadas a concepções freireanas sobre os processos edu-
cativos emancipatórios. Nesse sentido, cabe aproximarmos
os espaços de educação formal a algumas práticas político-
-educativas de movimentos sociais populares que estão na
base da educação popular como estratégia de resistência e
luta na América Latina.
EDUCAÇÃO NÃO FORMAL E EDUCAÇÃO POPULAR
Refletir sobre a educação popular em seus aspectos
teóricos e práticos é um exercício que nos aproxima da luta
de movimentos sociais populares do campo e da cidade
na América Latina do século XX. Ao resistirem e se orga-
nizarem para a luta coletiva, os sujeitos sociais criam suas
pedagogias e afirmam uma forma de ser e estar no e com
o mundo.
Aprendemos com Freire que a vida não é determina-
da, programada e mecânica, sendo parte de um movimento
histórico tenso, contraditório e em disputa. Por isso, nega-se
posturas fatalistas e que naturalizam situações produzidas
ao longo da história da humanidade. Não é natural a desi-
gualdade social, a opressão, a intolerância e a apatia política
que criam obstáculos ao
ser mais
.