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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
tonomia, a liberdade não de coisas como eram vistos, mas
como sujeitos. Ao fazermos estas considerações, partimos
da concepção e da prática de uma educação problematiza-
dora e libertadora, que:
Ao contrário daquela que é prática de dominação,
implica na negação do homem abstrato, isolado,
solto, desligado do mundo, assim também na ne-
gação do mundo como uma realidade ausente dos
homens (FREIRE, 1983, p.81).
A partir do antagonismo entre essas concepções de
educação explicitadas na obra de Freire percebemos que há
um tipo de educação que transmite informações e ideias
prontas, acabadas, enquanto outra possibilita a construção
do conhecimento como algo em pleno desenvolvimento,
não como algo estático. Uma está à serviço da dominação,
a outra liberta. Uma mistifica a realidade, outra desmitifica.
A bancária faz com que os homens se desconhecem como
sujeitos históricos, a problematizadora dá aos homens o ca-
ráter histórico e a historicidade dos seres, valorizando o seu
cotidiano, seu vivido, sua singularidade, servindo para a li-
bertação.
Deste modo, fica clara a afirmação de Freire quando
enfatizada a importância da educação como mediação ne-
cessária para formação do homem crítico e consciente de
sua posição e de seus problemas. Nesse sentido, os educa-
dores que desenvolvem esse tipo de educação criticizadora,
que faz essa transição da ingenuidade do homem, para um
ser que pensa e age, consciente de si e do mundo, são agen-
tes fundamentais para a transformação social. André (2016)
afirma que formar cidadãos com autonomia é formar,
[...] pessoas que tenham ideias próprias, pensem
por si mesmas, sejam capazes de escolher entre
alternativas, decidam o caminho a ser seguido, im-
plementem ações e tenham argumentos para de-
fender suas escolhas e ações. Ao exercer sua auto-
nomia, essas pessoas vão se sentir cada vez mais
livres das amarras do poder político e econômico
(p.20).