XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
Partindo do pressuposto de que a lógica liberal repro-
duz um tipo de educação que interessa ao capital, entende-
mos que é necessário produzir uma lógica que os sujeitos.
Nessa perspectiva, podemos perceber que é possível que a
educação libertadora encontre espaço nas escolas públicas,
fazendo com que esses indivíduos possam ser constituídos
de consciência histórica, critica e política. Assim, a libertação
desses sujeitos não se limite a apenas a emancipação, mas
que o emancipar-se faça parte dos processos de libertação
na completude dos seres humanos.
Para que isto ocorra, é importante que esse tipo de
educação deixe claro a identidade e os objetivos desta prá-
tica, ou seja, não se trata de como ou do que ensinar, mas a
partir de quais princípios e fins esteja alicerçada essa educa-
ção. Diante deste pressuposto Pin e Weyh (2017), asseveram:
A emancipação constitui-se em um processo de
sair, escapar da mão do dominador e a libertação é
saber para onde ir, saber como entrar para a liber-
dade e como viver em liberdade, pensando por si
mesmo, realizando a leitura, a interpretação e, en-
fim, a transformação do mundo. (p.55).
Em outras palavras, a emancipação sem os pres-
supostos das concepções libertadoras, se restringe ao
simples fato de fugir do dominador, e não libertar-se do
opressor. Dessa forma, a prática de libertação abrange
uma dimensão mais ampla e complexa que a emancipação,
a qual deve fazer parte do processo de mudanças, enquan-
to possibilidade de libertação, por isso a importância do
educador não limitar a liberdade do seu aluno, mas pelo
contrário, estimulá-lo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As lutas travadas por Paulo Freire e tantos outros edu-
cadores de nosso país foram essenciais para os avanços
construídos na educação pública brasileira. No entanto, há
muitos desafios a serem vencidos na busca da qualidade da