XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
sentados pelo professor, pois estes não condizem com as vi-
vências dos alunos, distanciando-se dos saberes produzido
fora do espaço-escolar.
No entanto, os estudos de como as pessoas produ-
zem os conceitos matemáticos ainda buscam novas inves-
tigações, pois cientificamente existe uma escassez de in-
formações convincentes que poderiam nos esclarecer as
formas para compreensão deste processo que envolve as
aprendizagens e não aprendizagens matemáticas, colabo-
rando para o desenvolvimento do aluno na sala de aula.
Os alunos com dificuldade de aprendizagem, nesta
área de conhecimento, acabam por reproduzir regras sem
ao menos compreender o significado das mesmas na reso-
lução de situações problemas, sendo que desta forma não
acontece a construção das competências matemáticas.
Nesse sentido, faz-se necessário repensar as práticas
pedagógicas que são realizadas com os alunos. Segundo
Corrêa (2005), que em seus estudos faz reflexões sobre as
Intervenções no campo lógico-matemático e o porquê de
muitas das dificuldades de aprendizagem nesta área, “[...]se
a escola permanece com uma prática que privilegia os pro-
cedimentos de memorização e repetição, o ensino da mate-
mática como fomento de construção de estruturas cogniti-
vas de qualidade fica prejudicado e contribui de maneira im-
portante para a formação de dificuldades de aprendizagem
matemáticas[...]” (CORRÊA,2005, p.117).
Nessa perspectiva, a escola se torna fabricante de
mais dificuldades de aprendizagem, especificamente na
área da matemática, tornando-se uma “[...] matemática que
se aparta da vida, a matemática morta, a matemática sem
cor, a matemática opressora, a matemática niveladora de
falsas inteligências, a matemática que discrimina, que marca
a ferro e fogo os capazes e os incapazes... (IDEM, p.117).
Nesse contexto, projeta-se como bom aluno, aquele sujei-
to que aprende a Matemática ensinada na escola, elegendo
aqueles que não aprendem, como alunos com dificuldades
de aprendizagem.