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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
nhã, algumas vezes tem dificuldade para cumprir regras de
convivência. Conforme relatos da professora, não demos-
tra compreensão durante as explicações, não pede ajuda e
dispersa-se muito, havendo a necessidade de chamar a sua
atenção. Apresenta dificuldades com operações simples de
matemática. Parece inseguro e imaturo.
As crianças observadas foram submetidas a várias in-
tervenções e práticas matemáticas, que visavam a compreen-
são de conceitos matemáticos. As intervenções ocorreram em
grupo, para que os alunos tivessem oportunidade de com-
partilhar suas descobertas e conquistas. Dentre as atividades
realizadas, nesta pesquisa serão analisadas 3 intervenções pe-
dagógicas, desenvolvidas na área da matemática.
CONSIDERAÇÔES FINAIS
Como professora do Laboratório de Aprendizagem da
escola em que trabalho identifico, neste espaço, um arsenal
de possibilidades de intervenção pedagógica que podem
contribuir na aprendizagem dos alunos que são a ele en-
caminhados. Todavia, para que haja este reconhecimento é
fundamental que os profissionais que trabalham no LA te-
nham uma postura investigativa sobre o processo de ensi-
nar e aprender, investindo em outras teorias, diferentes da-
quelas desenvolvidas pelos professores titulares das turmas.
Quando um professor indica um aluno ao LA, na sua
ficha de encaminhamento identificam-se narrativas do tipo:
“aquele que não sabe fazer nada”, “não consegue realizar as
atividades propostas”, passando a representa-lo como um
sujeito “lento”, “distraído”, que “não cópia”, “que não sabe
ler nem escrever”, que “não faz contas”, enfim, posiciona-o
no lugar de não-aprendente. E é nesse contexto, que se faz
necessário, inicialmente, resgatar a auto-estima do aluno, fa-
zendo-o reconhecer que todos podem aprender, porém em
tempos, lugares e com diferentes metodologias de ensino.
Diante dessa percepção, constatei, nessa pesquisa, a
importância do professor conhecer a realidade do aluno, sua
família, reconhecendo-o como um sujeito que tem história,