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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
levará os seus estudantes a uma nova postura dian-
te dos problemas de contexto. À intimidade com
eles. A pesquisa em vez de mera, perigosa e enfa-
donha repetição de trechos e de afirmações desco-
nectadas das suas condições mesmas de vida (FREI-
RE, 2003a, p. 85).
Uma escola que valorize seus indivíduos como seres
pensantes, capazes de atuar e modificar sua história, que
fortaleça a visão de crianças que pensam, refletem, opinam
sobre o mundo que as rodeiam e sobre as suas vidas: esta
escola por certo, formará estudantes que serão capazes de
tudo isso, e que serão também, capazes de obter a aprendi-
zagem da leitura e da escrita. Porém, o que acontece é que
as práticas escolares excludentes são as que determinam
trajetos, rotulam e solidificam estigmas e, assim, facilitam
ideias e crenças sobre a incapacidade dos alunos.
Freire (1987) nos diz que é preciso pensar em uma
educação que lute para a libertação do homem de sua con-
dição de oprimido, atribuindo-lhe maior autonomia intelec-
tual, a fim de que deixe de ser mero objeto de manipulação
e resgate a sua condição de sujeito, de “ser mais”.
Nesta direção, tem-se que a educação deve ser res-
paldada em uma “pedagogia do diálogo”, na qual a re-
lação educador-educando seja horizontal e enriquecida
com a interação de todos os que participam do processo
educacional.
CONCLUSÃO
Foi possível observar no âmbito desta construção
teórica e nos anos de minha experiência pessoal no exer-
cício da docência, que não há exatamente um responsável
pelo fracasso do aluno e o seu mau rendimento. O que
existe envolve uma série de fatores escolares, familiares e
socioculturais que possivelmente poderão atrapalhar o seu
desenvolvimento. Como não há uma causa única para o
fracasso escolar e sim um conjunto de fatores que con-
correm para que tal situação aconteça, isto requer a cons-