XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
ser dissociado das relações sociais. Neste sentido, conclui-se
que, embora a escola não tenha o condão de transformar
sozinha a sociedade, ela tem o poder de, ao menos, interfe-
rir nesta sociedade, produzindo mudanças através da edu-
cação e da socialização dos alunos.
Bahia (2009), bem como Patto (1990), ressaltam que
uma boa qualidade de ensino precisa da existência eficiente
de uma organização escolar e de que esta desenvolva proje-
tos pedagógicos de forma a tornar a escola um ambiente de
articulação entre profissionais de ensino. Além disso, a ativi-
dade do aluno é elemento determinante na construção do
conhecimento, que jamais se encontra isolado, ao contrário,
se apresenta em constante interação com o meio. Para tan-
to, o papel do educador é o de criar situações de apren-
dizagens eficazes e significativas, estimulando, observando,
mediando e conduzindo de forma proativa o processo.
Tacca e Branco (2008) observam que as emoções, as
necessidades e os pensamentos dos alunos e dos profes-
sores devem ser mobilizados de forma positiva, indo ao en-
contro das atividades na escola e dos objetivos que a edu-
cação possui. Com isso, será possível que os processos de
aprendizagem sigam melhores caminhos com vistas ao co-
nhecimento e ao desenvolvimento integral dos estudantes.
É preciso repensar a prática pedagógica, no sentido de
objetivar uma efetiva aprendizagem para todos. E, para isso,
faz-se necessária uma escola que tenha autonomia para for-
talecer por meios próprios, a gestão escolar, através de uma
prática educativa proativa, que pense o fracasso escolar em
uma perspectiva de superação. E isto pressupõe uma pro-
funda interação entre o coletivo e o individual, dentro de um
espaço pedagógico criado pela heterogeneidade e diversi-
dade que caracterizam os alunos.
No entanto, para Freire (2003) repensar a prática pe-
dagógica é, primeiramente, compreendermos que:
[...] uma escola centrada democraticamente no seu
educando e na sua comunidade local, vivendo as
suas circunstâncias, integrada com os problemas,