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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

Nações Unidas (ONU), relacionados à educação. O primeiro

diz respeito às escolas e aos sistemas educacionais, sua res-

ponsabilidade de garantir o direito da criança à educação,

baseado na igualdade de oportunidade. Para a autora, ele

apresenta problemas ao pressupor: a igualdade de oportu-

nidade em uma sociedade desigual e a existência de uma

capacidade ou inteligência inata ou biológica. Já o artigo 29

vai mais ao encontro do que se espera de uma educação de

qualidade, por ir além da relação entre educação e trabalho,

vinculando-a aos direitos humanos. Suas premissas contri-

buem com a ressignificação do papel da escola na medida

em que promovem “uma visão mais esperançosa e otimista

daquilo que a educação pode/deve/precisa legalmente ser:

o local do aprendizado sobre justiça social e o que significa

um ser humano, que é o sujeito dos direitos humanos” (GA-

MARNIKOW, 2013, p. 196).

Tal Educação Escolar Básica de Qualidade é vigilante

aos objetivos e consequências do capitalismo neoliberal, ao

produzir outros tipos de relações de ensino e aprendizagem

que têm como objetivo primeiro o respeito aos direitos hu-

manos e a garantia do direito de todos à educação. Nessa

visão, a boa escola é aquela que contribui com a forma-

ção de sujeitos sensíveis à dor e ao sofrimento alheios, que

utilizam seus conhecimentos em prol do bem-comum, para

produzir um ambiente melhor de ser vivido por todos. E isso,

nem sempre, caminha no mesmo sentido da maior produ-

tividade, em termos de mercado e economia. Talvez, desse

paradoxo denotem perigos de deixar que especialistas em

economia façam diagnósticos e previsões para a escola e à

educação do país.

Como lidar com tantos impasses provenientes de tan-

tas possibilidades, diferenças e discordâncias sobre os ru-

mos da escola? Sem dúvida, o princípio da autonomia peda-

gógica contribui para promover e desenvolver a capacidade

de pensamento dos professores, para deliberar sobre o lu-

gar que conhecem e, sobretudo, dos estudantes, para que

consigam pensar, enfrentar problemas, elaborar propostas,