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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
Essa visão de escola contempla um trabalho de inclu-
são educacional, que reconhece e valoriza a diversidade, seja
ela atendendo e respeitando as especificidades dos sujeitos
que compõem o contexto escolar, ou àquela que se refere
aos diferentes conhecimentos e saberes que devem circular
no espaço educativo. Os processos pedagógicos podem ser
enriquecidos pela diversidade, uma vez ampliado o espectro
de assimetrias das interações entre os sujeitos, aumentam
as chances de desenvolver a aprendizagem. “Em uma sala
de aula, todos podem, de algum modo, contribuir. Mesmo
aquele que fala ou realiza algo muito discrepante ou sem
sentido pode ajudar
‖
. (...) Isso significa que ―a questão é
como aproveitar uma expressão humana em favor de algo
que é superior a ela” (BRASIL, 2005, p. 27).
Há que se valorizar as “diferenças manifestadas pelos
sujeitos do processo educativo, em seus diversos segmen-
tos, respeitados o tempo e o contexto sociocultural” (BRA-
SIL, 2013, p. 23). Os conhecimentos e saberes do cotidiano
permitiram com que as pessoas vivessem por séculos, an-
teriores à educação formal, uma vida em harmonia entre si
e com a natureza e, ainda hoje, fundamentam muitas práti-
cas diárias, mesmo de cientistas. Portanto, o conhecimento
não-científico, não sistematizado, contribui também com a
qualidade de vida e com o bom exercício da cidadania, de
forma que a função da escola é trazer sua perspectiva de
olhar o mundo, sem tentar superar outros conhecimentos e
saberes. É preciso reconhecer que o conhecimento científico
é uma possibilidade de entender e explicar a vida, mas não
a única e, nem sempre, a melhor. Não é de se se esperar que
o pensamento dos estudantes se constitua pela substituição
de ideias alternativas ou do cotidiano por ideias científicas,
tratam-se de diferentes perfis conceituais, que convivem e
estão em evolução (MORTIMER, 1995).
As DCNEM deixam claro que o que justifica a existên-
cia das instituições escolares é: os estudantes em desenvol-
vimento. Além de garantir o seu acesso, inclusão, permanên-
cia, sucesso, a conclusão da etapa escolar e a possibilidade