XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 11 – PAULO FREIRE EM DIÁLOGO COM OUTROS(AS) AUTORES(AS)
gotski tem sua atenção voltada mais para o desenvolvimen-
to psicológico do sujeito (GADOTTI, 1996
apud
PETRONI;
SOUZA, 2009).
De acordo com Cury (2014), o próprio PNE tem como
horizonte o pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo
para a cidadania e qualificação para o trabalho, tendo em
vista a redução da pobreza, marginalização e desigualdades
sociais e regionais. Esse autor, afirma que a educação escolar
tornou-se um direito da cidadania de modo ampliado, refor-
çado quando o Brasil passou a ser signatário de Tratados e
Convenções Internacionais sobre direitos humanos, que in-
cluem a educação. Escolar Básica de Qualidade é aquela pos-
sibilita o desenvolvimento humano em sua plenitude, poten-
cializando a qualidade de vida e a cidadania para todos. A
garantia do direito à aprendizagem é coerente com uma edu-
cação que, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais
de solidariedade humana, insere os estudantes no mundo do
conhecimento e privilegia o caráter formativo, em detrimento
do quantitativo e classificatório (BRASIL, 2013). De forma a
assegurar o acesso, permanência e educação de qualidade.
O desafio de garantir a permanência dos estudantes
na escola exige atenção a questões sociopolíticas e cultu-
rais, que se referem a diferenças individuais, como é o caso,
por exemplo, dos fluxos migratórios (BRASIL, 2013). Outros
desafios a serem enfrentados para a garantia do direito à
Educação Escolar Básica de Qualidade são: obstáculos para
a gestão participativa; a qualificação dos funcionários; a
integração entre instituições escolares de diferentes siste-
mas educativos; a inclusão de estudantes com deficiência;
valorização das diferenças; atendimento à pluralidade e à
diversidade cultural (BRASIL, 2013). O próprio PISA admite
que a inclusão com qualidade é uma tarefa difícil, mas ne-
cessária (OCDE, 2013). As DCNEM sinalizam a possibilidade
de a escola superar tais desafios ao centralizar o diálogo, a
colaboração, os sujeitos e as aprendizagens, resgatando e
respeitando os direitos humanos e as várias manifestações
de cada comunidade (BRASIL, 2013).