Table of Contents Table of Contents
Previous Page  164 / 2428 Next Page
Information
Show Menu
Previous Page 164 / 2428 Next Page
Page Background

164

EIXO 2 – PAULO FREIRE: MEMÓRIA, REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

fabetização de adultos, teatros e debates sobre questões

populares.

Nós tínhamos, em média, duas a três reuniões/

assembleias por semana. Quarta-feira a gente se

reunia na faculdade e sábado e domingo a gente

ia para os sindicatos e para o meio rural. Nós saí-

mos de caminhão com os seminaristas. Os semi-

naristas participavam muito e nós, os estudantes,

íamos num caminhão todo aberto. Chegávamos

no meio rural e fazíamos teatro em cima do cami-

nhão, depois discutíamos, fazíamos debates com

os trabalhadores rurais, sobre assuntos como cor-

porativismo, sindicalismo e reformas de base, etc.

Nós levávamos aqueles pequenos teatros da UNE,

como sobre o subdesenvolvimento, João da Silva,

que o CPC da UNE apresentava nacionalmente. Nós

apresentávamos lá, e essas mesmas atividades rea-

lizávamos em sindicatos de operários, com apre-

sentação de teatros e debates. (CRAIDY, 1988 In:

ANDREOLA, 1995, p. 186).

Arantes (1989 In: ANDREOLA, 1995) afirma, durante

sua entrevista que, a partir da vinda de Paulo Freire a Porto

Alegre montou-se vários slides para as primeiras experiên-

cias-piloto então, passaram a desenvolver alguns projetos

no interior do estado do Rio Grande do Sul, em Ijuí, na gran-

de Porto Alegre, além da própria capital como já menciona-

mos. Desta forma, partiam uma grande caravana com várias

kombis, levando cenários de teatros e filmes na linha da Cul-

tura Popular. Em relação ao trabalho em Ijuí, relata:

[...] nós levamos o grupo daqui. E nós mesmos fize-

mos trabalhos. Eu mesma, me lembro que fiz con-

ferência sobre o que é cultura popular. Eu tenho fo-

tos disso, fotos desse grupo, fotos desse episódio.

Depois de Ijuí, nós passamos em Cruz Alta. Nessa

ocasião dávamos entrevistas em rádios. O impor-

tante é que essas caravanas começaram a se formar

a partir da Secretaria de Cultura. (ARANTES, 1989 In:

ANDREOLA, 1995, p. 163).

Assim, em Ijuí, o trabalho de alfabetização de adultos

estava sendo organizado. Tempo depois, a equipe do Institu-