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EIXO 2 – PAULO FREIRE: MEMÓRIA, REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

JUC sempre era AP. Inclusive os militantes da JUC

eram os que apoiavam a AP. Claro que havia outros,

que não eram da JUC. A AP era maior que a JUC.

Nem todos da AP estavam na JUC. Neste aspecto,

ideologicamente, não havia divergência. A JUC e a

AP ideologicamente fechavam nas mesmas teses.

(ZARDIN, 1989 In: ANDREOLA, 1995, p. 46).

Nesta época, em 1963, a Zilah Totta estava na Secretaria

da Educação (SEC) e convidou a Ana Maria Zardin para atuar

em um serviço de Educação de Jovens e Adultos nessa se-

cretaria. A Lúcia Castillo assumiu a Divisão de Cultura na SEC

e trouxe juntamente com ela, pessoas que participavam de

vários grupos pertencentes ao movimento estudantil, dentre

eles os que pertenciam da Ação Popular (AP). Todos estavam

ligados, de uma forma ou outra, aos movimentos católicos.

A parte ideológica tem toda a força da juventude

da JUC; de um certo fornecimento de elemento

técnico vinha, em parte, da Faculdade de Serviço

Social, muito mais do que da Educação, que foi um

pouquinho mais atrasada, pelo menos na época,

em relação à reformulação. Mas aqui, nós trabalha-

mos paralelo, com assistentes sociais e educadores.

(CASTILLO, 1989 In: ANDREOLA, 1995, p. 127).

Neste grupo, também fazia parte, como professor

convidado, o Geraldo Fagundes, mas que não tinha parti-

cipação direta com os movimentos. “Quando fomos para a

divisão de cultura, já fomos juntos. Viemos todos da mesma

turma de colegas da faculdade, e desta atividade que abra-

çávamos, estimulados pelo Paulo Freire.” (FAGUNDES, 1989

In: ANDREOLA, 1995, p. 70).

Em Pernambuco, neste mesmo período, Paulo Freire

começava as primeiras experiências com o Movimento de

Cultura Popular através dos Círculos de Cultura e, no Rio

Grande do Norte Moacir Góes iniciava com o programa

“Dé-pé-no-chão-também-se-aprende-a-ler”. Havia todo

um programa de Cultura Popular com teatro e música. Era

uma linha muito atuante e mais aberta do que aqui no Rio

Grande do Sul.