XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE
DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS
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EIXO 2 – PAULO FREIRE:
MEMÓRIA,
REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO
de 1950 e início dos anos de 1960. Buscava-se, através dos
movimentos estudantis e movimentos ligados à igreja aqui
existentes, resgatar os valores populares. Para tanto, Zardin
(1989, p. 4), certifica que “todo o movimento estudantil viveu
uma efervescência com relação à Cultura Popular”, naquele
período. Esta tendência, nos movimentos sociais populares,
começou quando os dirigentes da Juventude Universitária
Cristã (JUC) e da Juventude Estudantil Católica (JEC) assu-
mem a União Estadual Estudantil (UEE) e a União Gaúcha
dos Estudantes (UGES).
Com o estouro da primeira greve, no ano de 1962, a
famosa greve de 1/3 (um terço), que movimentou estudan-
tes universitários de todo o Brasil, eles reivindicavam a par-
ticipação nos Conselhos Universitários na base de 1/3 em
relação ao Corpo Docente. Para tanto, o professor de filo-
sofia da UFRGS, Ernani Maria Fiori colocou-se plenamente
favorável à reivindicação, esclarecendo a validade da situa-
ção e democratização da Universidade. Então, o movimento
estudantil passou a ter toda uma discussão e um compro-
metimento com as raízes culturais do povo brasileiro, com
os movimentos populares (ZARDIN, 1989 In: ANDREOLA,
1995).
Neste sentido, a União Nacional dos Estudantes (UNE)
tinha grande importância, pois estava elaborando materiais
e produzindo encontros, formando, assim, “uma rede de co-
municação pelo Brasil, envolvendo de repente essas coisas
todas” (ZARDIN, 1989, p. 8).
Nos encontros nacionais da UNE, a Juventude Univer-
sitária Católica (JUC) também estava muito envolvida, pois
tinha articulação tanto nacional como regional. Para tanto,
produzia-se trabalhos e eram escolhidos representantes
para apresentá-los (ZARDIN, 1989 In: ANDREOLA, 1995).
A AP era o braço político da JUC. A AP nasceu da
JUC. Quando a JUC começou com atuação política,
era pessoal egresso da Universidade, porque era
um movimento de Igreja, e a Igreja não admitia.
Então se formou a AP, que era o movimento com
os princípios da JUC que atuava politicamente. A