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EIXO 2 – PAULO FREIRE: MEMÓRIA, REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

vidades culturais voltadas para uma linha popular, com o

serviço de Educação de Adultos (mais ligados às escolas no-

turnas do Estado) e, em conjunto, conduziu-se um progra-

ma para reformar completamente e promover um trabalho

de Educação de Adultos. Havia um “parentesco” entre es-

tas pessoas, uma preocupação em mudar a linguagem da

educação, na mesma filosofia que Paulo Freire propunha, de

suas realidades pessoais, da sua construção de mundo.

[...] tinha acabar que a escola fosse uma escola para

somar privilégios; que realmente a gente quises-

se avançar, em termos de sociedade democrática,

tinha que haver, cada vez mais, a participação de

todos os setores da sociedade. Então, é nesse sen-

tido que havia essas pessoas que trabalhavam com

certa identidade [...]. Essas pessoas queriam: que a

escola, por exemplo, deixasse de ser seletiva; que

atingisse a todos; que a escola realmente se expan-

disse para todos. A gente achava, naquela ocasião,

que realmente por si começava um processo de de-

mocratização do país. Democratização da cultura e

fundamentalmente, da educação. (ZARDIN, 1989 In:

ANDREOLA, 1995, p. 21).

Então, para se concretizar este projeto, foram apre-

sentadas as linhas de trabalho a serem desenvolvidas para

Paulo de Tarso (Ministro da Educação), que veio em março/

abril de 1963 a Porto Alegre. Assim, o pessoal daqui entra

em contato com as pessoas que faziam os Círculos de Cultu-

ra do Nordeste e vão até lá acompanhar o trabalho que es-

tava sendo feito. Em julho de 1963, a SEC, o Serviço de Edu-

cação de Adultos e Divisão de Cultura trazem Paulo Freire a

Porto Alegre para dar a primeira formação de professores,

que durou uma semana. Zardin (1989 In: ANDREOLA, 1995,

p. 13-14) corrobora essa informação ao mencionar que:

[...] foi uma coisa que criou um certo impacto na

cidade, porque as inscrições foram tão numerosas,

que o Paulo Freire levou um susto quando chegou.

Era uma multidão, e ele não trabalhava com multi-

dão. Mas a gente disse que ia fazer uma largada e

depois ia formar grupos menores. Na verdade, toda