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XX FÓRUM DE ESTUDOS: LEITURAS DE PAULO FREIRE

DE 03 A 05 DE MAIO DE 2018, UNISINOS – SÃO LEOPOLDO/RS

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EIXO 2 – PAULO FREIRE:

MEMÓRIA,

REGISTRO, IDENTIDADE E ACERVO

Paulo Freire formou seu grupo dentro da universidade

do Recife e a maioria das pessoas que trabalhavam com ele,

no Movimento de Cultura Popular, era da Juventude Univer-

sitária Católica (JUC). Assim, quando a ideia de alfabetizar

passa a ter maior dimensão, o Ministério da Educação as-

sume esse compromisso, o que veio a tornar-se um projeto

político mais amplo e generalizado, abrindo inscrições para

quem quisesse ser alfabetizador (FIORI, 1989 In: ANDREOLA,

1995).

Mas na matriz, a coisa é de que um viesse pela al-

fabetização, e outro viesse mais pela atividade de

teatro, cinema, etc. Tinha muito a haver com isso,

para que a Otília está chamando a atenção, que é

uma coisa central, que era e ainda é a ideia força do

Paulo, essa história do povo, a partir do povo, de-

volver ao povo, colaborar com o processo de toma-

da de consciência do povo, mas só com as palavras

do povo, as ideias do povo, os problemas do povo.

Isso, a meu ver, era a ideia força freiriana. (FIORI,

1989 In: ANDREOLA, 1995, p. 179-180).

Para difundir o trabalho de Cultura Popular, a nível

de SEC, toda a equipe recebia condições de participar de

encontros em São Paulo, na Universidade Rural do Rio de

Janeiro, afim de se preparar. Nestes encontros, estavam pre-

sentes muitos representantes das Secretarias de Educação,

que trabalhavam com cultura popular. Conforme Fagundes

(1989 In: ANDREOLA, 1995, p. 61):

Nós passamos a fazer parte daqueles brasileiros

que circulavam, digamos assim, daquela equipe

centrada no Paulo Freire. E, naturalmente, sempre

tentando objetivar em programas, em atividades

que pudessem ser trazidas para a Divisão de Cul-

tura, para a SEC, embora nós soubéssemos que a

própria Divisão de Cultura tinha na sociedade local,

na coletividade, toda uma marca de manter a cul-

tura da elite.

Em entrevista com Zardin (1989 In: ANDREOLA, 1995),

associou-se, então, a Divisão de Cultura, que promovia ati-